Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras
VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras. CADERNOS DO CNLF (CIFEFIL), v. 21, p. 1761, 2017.
RESUMO Este trabalho discute diferentes dimensões das transformações e das implicações da cultura digital na formação de professores de línguas estrangeiras. O uso de tecnologia não é recente no ensino de línguas estrangeiras. No entanto, a emergência e a expansão de uma cultura digital oferecem diferentes implicações que devem ser consideradas na formação de professores, que incluem, mas não estão restritas ao letramento digital (ARAUJO & VILAÇA, 2017), gêneros textuais digitais (MARCUSCHI, 2008 e 2010; KOCH, 2011), multimodalidade e uso de recursos e ambientes baseados na web 2.0 (GABRIEL, 2013). Hoje a tecnologia afeta as práticas pedagógicas, mesmo quando não são empregadas em sala de aula e quando não se apresentam de forma clara. Isso se deve ao fato de que a cultura digital se mantém, mesmo quando não há “conexões” ou dispositivos digitais em uso. Palavras-chave: Cultura digital. Letramento digital. Formação de professores.
A cultura digital ganhou destaque e passou a ser um tema amplamente discutido e pesquisado, sendo abordado por diversas áreas tanto em perspectiva disciplinar quanto interdisciplinar (SANTAELLA, 2010; FANTIN & RIVOLTELLA, 2012; VILAÇA, 2014; ARAÚJO & VILAÇA, 2016). Com a popularização das tecnologias digitais, dos dispositivos, da conexão em banda larga, dos aplicativos, vários conceitos relacionados a esta cultura digital foram sendo revistos e passaram a incorporar novos significados ou por processos de questionamento e revisão. Para ilustrar de forma objetiva, letramento digital e inclusão digital podem ser citados. Estes termos/conceitos têm sido usados com diferentes significados e a sua compreensão tem incorporado novas percepções, características, perspectivas e atribuições. (VILAÇA & ARAUJO, 2017)