Educação, Tecnologias Digitais e Inovação

Educação e Tecnologia

Tecnologia, Linguagem e Educação a Distância

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RIBEIRO, S. R. O. ; VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Tecnologia, Linguagem e Educação a Distância. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. 18, p. 397, 2014.

RESUMO:

As tecnologias de comunicação e informação estão relacionadas às diferentes linguagens utilizadas nas mais distintas práticas sociais pelos indivíduos. As tecnologias de comunicação e informação surgem para sanar necessidades específicas em tempos e espaços diversos, em contrapartida podem alterar, e em geral alteram profundamente as práticas sociais, econômicas, culturais e educacionais, entre outras. Ao investigarmos as práticas educacionais a distância no Brasil identificamos modificações tecnológicas que demandam não apenas o uso de modernos equipamentos, mas, e, principalmente, alteraram os comportamentos dos estudantes diante do objeto de estudo, das interfaces que utilizam para acesso às informações e construção de conhecimento, das diferentes linguagens (escrita, som, vídeo, por exemplo) e também a possibilidade de superação do isolamento nos cursos de educação a distância através do uso de gêneros digitais que potencializam as trocas entre os estudantes e entre esses e o professor tutor. Portanto, este resumo tem como objetivo discutir aspectos históricos, epistemológicos e didáticos que sustentam a educação a distância, a educação on-line e a comunicação no contexto da educação on-line. Para tanto, apresentaremos uma discussão acerca da tecnologia relacionada à comunicação e às linguagens, percorrendo alguns conceitos de tecnologia enquanto ferramenta e técnica. Discutiremos a relação intrínseca da tecnologia com a educação a distância ao longo dos anos. Recorremos a três compreensões de evolução da educação a distância para embasar a discussão: Pimentel (1999), Campos (2007) e Moore e Kearsley (2008). Cabe ressaltar que os aspectos históricos da educação a distância são apresentados não com objetivo de traçar uma linha do tempo, mas de contextualizar e discutir mudanças didáticas e epistemológicas da educação a distância, a partir dos avanços tecnológicos usados nesta modalidade de ensino, considerando que a Internet e o uso dos dispositivos digitais mudaram muito nos últimos anos, inclusive quando aplicados à educação a distância.

Palavras-chave: Tecnologia. Linguagem. Educação a Distância.

Cada tecnologia, em sua época, tende a provocar fascínio, curiosidade, abrir novas possibilidades de ação e, dependendo da tecnologia, meios e formas de interação. Por outro lado, as criações tecnológicas, principalmente aquelas que podem representar quebra de paradigmas ou elevado poder de inovação e alteração em práticas sociais e culturais, são acompanhadas desafios, críticas, suspeitas e riscos. Este fato não é novidade. Nos últimos anos, no entanto, o que impressiona e atrai atenção de pesquisadores das mais diversas áreas é a velocidade de tais avanços, tanto no que se refere ao seu desenvolvimento quanto aos seus reflexos práticos na vida de uma parcela significante da população. Em termos práticos, esta velocidade demanda maior capacidade de adaptação e formação continuada.

Estudiosos como Lévy (1993), Ribeiro O. (2011), Kenski (2012) e Silva (2012) advertem que a técnica não deve ser apenas reduzida à simples ação de usar a ferramenta (utilidade), mas ampliam esse conceito, considerando em que medida a ação do homem sobre a máquina ou ferramenta (funcionalidade) pode alterar as relações de interatividade e socioculturais.

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O Blog como Ferramenta do Letramento Digital

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FORTUNA, D. R. ; VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa ; OLIVEIRA, E. A. S. . O Blog como Ferramenta do Letramento Digital. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. 20, p. 176, 2016.

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo apresentar uma linha teórica de letramento, cibercultura e letramento digital, buscando os novos meios para tecnológicos como facilitadores para o entendimento do letramento digital. O letramento tem como base a cultura e os movimentos sociais, o letramento digital busca esta cultura e a tecnologia para se inserir no contexto educacional e no dia a dia do indivíduo. O texto parte destes conceitos e tem a análise do blog como base para identificar alguns comportamentos nas redes de computadores. Neste trabalho, usamos o blog como base por ser uma das primeiras ferramentas da internet que possibilitou a edição e compartilhamento de informação, a participação e interação, tal qual um diário on-line e, pensando em letramento, tenta apresentar as mudanças na maneira de ler e escrever dos usuários da internet, além de tentar apresentar os conceitos de letramento digital e letramento. Busca-se, portanto, apresentar a mudança de comportamento do indivíduo e o reflexo na cultura e na língua.

Palavras-chave: Blog. Letramento digital. Cibercultura. Rede de computadores.

Com o advento das cidades e da burguesia, no Renascimento, e sua consolidação nos séculos XVIII, XIX e XX, surgiu também a noção de indivíduo. Até então, os sujeitos se preocupavam em seguir mais um modelo social do que se preocupar com sua individualidade (COSTA LIMA, 1986). O individualismo trouxe consigo uma preocupação com o eu, que passou a colocar no papel suas memórias, sentimentos, pensamentos ou até mesmo os fatos que ocorriam no seu dia-a-dia. É nesse momento, aproximadamente no final do século XVIII, que aparecem as chamadas “escritas de si”. Críticos como Philippe Lejeune (2014) e Luiz Costa Lima (1986) consideram as Confissões de Jean Jacques Rousseau como o marco inaugural das “escritas de si”.

Durante os séculos que se seguiram, foram comuns a publicações de autobiografias e diários, gêneros considerados como integrantes das escritas de si. Os indivíduos, famosos ou não, começaram a compartilhar suas experiências e memórias durante todo esse tempo. Mas, no final do século XX e início do século XXI, a internet modificou este panorama, tornando ainda mais comum que desconhecidos dividissem com outras pessoas, também desconhecidas, fatos da sua intimidade. O blog e, mais recentemente, o blog são os espaços, por excelência, desse compartilhamento.

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Educação a Distância e Tecnologias: conceitos, termos e um pouco de história

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VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Educação a Distância e Tecnologias: conceitos, termos e um pouco de história. Revista Magistro, v. 1, p. 89-101, 2010.

Resumo:

A rápida e crescente adoção da Educação a Distância em diferentes contextos tem feito com que alguns conceitos, algumas vezes, estejam imprecisos e ambíguos, tanto para professores e estudantes. Este artigo tem por finalidade discutir objetivamente alguns conceitos chaves em Educação a Distância e no uso de dispositivos e recursos tecnológicos em Educação. O artigo apresenta uma definição para Educação a Distância, um perfil da sua história e desenvolvimento a discussão de alguns conceitos e terminologias amplamente empregadas na área.

Palavras Chave: Educação a distância, tecnologia, conceitos, história, terminologia

 

Em termos gerais, a Educação a Distância é uma modalidade de educação na qual professores e alunos encontram-se em locais diferentes (MOORE e KEARSLEY, 2008; CARLINI e TARCIA, 2010) “durante todo ou grande parte do tempo em que aprendem ou ensinam” (MOORE e KEARSLEY, 2008, p.1). A sigla EaD é empregada tanto para Educação a Distância quanto para Ensino a Distância (BELLONI, 2009).

A compreensão de EaD é influenciada pela compreensão de distância (GOUVÊA e OLIVEIRA, 2006; TORI, 2010). A distância deve ser compreendida basicamente como separação espacial (geográfica/local) entre participantes do processo educacional, sejam estes alunos ou professores. Em aulas por videoconferência, é comum que os alunos estejam juntos, mas em lugar diferente do professor. Por outro lado, quando o estudo ocorre pela internet, é comum alunos e professores estejam em locais diferentes e acessem o curso e os materiais e recursos didáticos em momentos diferentes. Estes dois exemplos ilustram que há diferentes possibilidades de distanciamento entre alunos e professores.

Incompreensões sobre as possíveis formas de distância tendem a gerar, como consequência, críticas e até mesmo preconceitos em relação a EaD.

Neste sentido, é relevante fazer duas considerações. Primeiramente, a distância – ou separação espacial – não implica necessariamente em divergência temporal (cronológica). Assim, alunos e professores podem estar em locais diferentes participando sincronicamente de uma mesma atividade com fim pedagógico, como, por exemplo, em atividades mediadas por chat.

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Tecnologias e Livros Didáticos de Línguas: Novas Possibilidades, Novos Desafios

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Artigo: VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Tecnologias e Livros Didáticos de Línguas: Novas Possibilidades, Novos Desafios. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVI, p. 1202-1210, 2012.

Este trabalho apresenta brevemente algumas discussões relacionadas à interação entre tecnologia e educação, defendendo que os livros didáticos de línguas (estrangeiras e maternas) precisam estar atentos às novas demandas, o que evidentemente implica em novos desafios para editoras, autores, professores. O foco principal está sobre a compreensão de novas possibilidades e, consequentemente, no reconhecimento de desafios decorrentes do crescente uso de novas TICs (tecnologias de comunicação e informação) em diferentes práticas e contextos sociais (BARROS, 2009; SANTAELLA, 2010), inclusive na escola, algo que não deve ser compreendido como restrito à educação a distância. Inicialmente o artigo destaca a proximidade tradicional entre tecnologia e o ensino de língua estrangeira, mais especificamente a língua inglesa. Em seguida, ao tratar do ensino de língua portuguesa, são apontados dois conceitos ainda desconhecidos de muitos professores: gêneros textuais digitais e letramento em contexto digital (letramento digital). Estes dois conceitos implicam em novos conteúdos para o ensino de língua materna, que devem ser considerados nos livros didáticos. Em seguida, é discutida convergência presencial-virtual, uma tendência educacional para os próximos anos.

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Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras

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VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras. CADERNOS DO CNLF (CIFEFIL), v. 21, p. 1761, 2017.

RESUMO Este trabalho discute diferentes dimensões das transformações e das implicações da cultura digital na formação de professores de línguas estrangeiras. O uso de tecnologia não é recente no ensino de línguas estrangeiras. No entanto, a emergência e a expansão de uma cultura digital oferecem diferentes implicações que devem ser consideradas na formação de professores, que incluem, mas não estão restritas ao letramento digital (ARAUJO & VILAÇA, 2017), gêneros textuais digitais (MARCUSCHI, 2008 e 2010; KOCH, 2011), multimodalidade e uso de recursos e ambientes baseados na web 2.0 (GABRIEL, 2013). Hoje a tecnologia afeta as práticas pedagógicas, mesmo quando não são empregadas em sala de aula e quando não se apresentam de forma clara. Isso se deve ao fato de que a cultura digital se mantém, mesmo quando não há “conexões” ou dispositivos digitais em uso. Palavras-chave: Cultura digital. Letramento digital. Formação de professores.

A cultura digital ganhou destaque e passou a ser um tema amplamente discutido e pesquisado, sendo abordado por diversas áreas tanto em perspectiva disciplinar quanto interdisciplinar (SANTAELLA, 2010; FANTIN & RIVOLTELLA, 2012; VILAÇA, 2014; ARAÚJO & VILAÇA, 2016). Com a popularização das tecnologias digitais, dos dispositivos, da conexão em banda larga, dos aplicativos, vários conceitos relacionados a esta cultura digital foram sendo revistos e passaram a incorporar novos significados ou por processos de questionamento e revisão. Para ilustrar de forma objetiva, letramento digital e inclusão digital podem ser citados. Estes termos/conceitos têm sido usados com diferentes significados e a sua compreensão tem incorporado novas percepções, características, perspectivas e atribuições. (VILAÇA & ARAUJO, 2017)

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