Educação, Tecnologias Digitais e Inovação

Ensino de Línguas

O professor reflexivo de inglês e o uso de novas tecnologias.

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COSTA, D. M. ; Puggian, Cleonice ; VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . O professor reflexivo de inglês e o uso de novas tecnologias. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. 18, p. 134, 2014.

 

RESUMO

O presente artigo objetiva discutir o papel do professor de inglês face às demandas e responsabilidades atuais, que não se reduzem somente ao ensino de habilidades linguísticas ou gramaticais. Confiamos que exista, atualmente, a urgência de se pesquisar também a capacidade de reflexão do educador sobre a própria prática e buscar estratégias para fazer a mesma relevante para a comunidade escolar. Além disso, por vezes, o ofício docente inclui conhecer e dominar ferramentas tecnológicas modernas no fazer diário, o qual precisa integrar relações humanas e elementos digitais de modo a construir, a partir de ambos, saberes e valores. Abordaremos, neste artigo, conceitos teóricos sobre o ser professor reflexivo e seu papel face às tecnologias digitais. Acreditamos que as discussões propostas neste trabalho possam ser ampliadas a todos os demais docentes e não somente aqueles do idioma inglês, embora esses educadores estejam no centro do nosso artigo. Incluiremos também considerações referentes ao uso de novas tecnologias da informação e comunicação almejando integrá-las à discussão da prática reflexiva no fazer pedagógico do educador de língua inglesa.

Palavras-chave: Professor reflexivo de inglês. Ensino de inglês. Novas tecnologias.

 

O presente trabalho está organizado em duas grandes seções. A primeira pretende discutir aspectos concernentes à prática reflexiva do professor, especialmente aquele de língua inglesa. Na segunda parte, discorreremos sobre a integração de novas ferramentas digitais ao ensino de inglês e como as mesmas podem proporcionar oportunidades para se aperfeiçoar a prática docente a partir da reflexão. Não temos como pretensão abarcar todas as minúcias e desafios que circundam e impulsionam o fazer docente, porém, desejamos contribuir com informações que motivem os profissionais da educação para uma postura mais investigativa com relação ao seu trabalho e o ambiente que o influencia direta e indiretamente.

Confiamos, portanto, que este trabalho possa auxiliar no processo de reflexão dos educadores quanto à importância de se conhecer e integrar recursos tecnológicos de forma crítica e consciente à realidade que os cerca. Acreditamos, como desdobramento, contribuir com a formação global dos alunos que, de modo inevitável, já são cidadãos de um mundo globalizado, interconectado e dinâmico.

Convém apontar que a crescente integração de ferramentas digitais em práticas educacionais não deve ser entendida como um reflexo de um modismo ou mero desejo de atualização ou virtualização das salas de aula e das relações entre professores e alunos. Na verdade, trata-se de uma necessidade cada vez mais intensa e urgente de repensar metodologias e abordagens pedagógicas, para além da simples instrumentalização tecnológica de professores, alunos e dos espaços educacionais. Afinal, é preciso reconhecer que as tecnologias têm modificado e proporcionado formas de comunicação e interação, em diferentes práticas sociais, por vezes provocando ressignificações de algumas destas. Arruda (2009, p. 18) argumenta que “os sujeitos que têm acesso às diferentes mídias criam outras relações de saberes e outras maneiras de interpretar o mundo”.

As tecnologias digitais relacionam-se com as tecnologias da inteligência. A relação entre os seres humanos e as tecnologias por eles desenvolvidas e empregadas provocam, em diferentes níveis e andamento, transformações culturais (FREITAS, 2009), que se refletem em modos de construção, interação, armazenamento, processamento e comunicação com o conhecimento. (p.136)

 

 

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Livros Didáticos de Línguas e as Novas Tecnologias: Reflexões e Questões para Avaliação e Análise.

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VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Livros Didáticos de Línguas e as Novas Tecnologias: Reflexões e Questões para Avaliação e Análise. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, v. 38, p. 80, 2013. Acesse o artigo aqui!

Resumo: As tecnologias de Informação e Comunicação têm trazido diferentes tópicos para discussão em Educação, que incluem o uso de ferramentas digital, novos letramentos, gêneros digitais e formação de professores. Este trabalho apresenta algumas questões relacionadas a implicações da tecnologia e da cibercultura na análise de livros didáticos no ensino de línguas.

Palavras chaves: tecnologia, cibercultura, Ensino de línguas, livros didáticos

Abstract: Information and Communication Technologies have brought different topics to discussion in Education, including the use of digital tools, new literacies, digital genres, and teacher education and training. This paper presents some issues related to the implications of technology and cyberculture on the processes of analysis of coursebooks in language teaching.

Keywords: tecnhology, cyberculture, language teaching, coursebooks

É crescente a quantidade de discussões nos últimos anos sobre relações entre tecnologia e educação. Em publicações, podemos encontrar uma diversidade de trabalhos que apontam “mudanças”, “possibilidades” “impactos” e, consequentemente, “desafios” para a escola e para os professores. Em parte, isto se deve não apenas ao maior emprego de dispositivos digitais nas salas de aula e ao intenso crescimento da educação a distância (MATTAR, 2012), mas também ao reconhecimento de que a tecnologia tem afetado e ressignificado diversas práticas sociais (CASTELLS, 2003; LÉVY, 2010) e, por conseguinte, os processos de ensino-aprendizagem (KENSKI, 2012; FANTIN e RIVOLTELLA, 2012; GABRIEL, 2013) e a formação de professores (FREITAS, 2009) para esta sociedade da informação, cada vez mais digital.

Neste cenário complexo e abrangente, é natural que alguns temas sejam abordados com maior frequência na literatura que outros, tanto em discussões disciplinares (baseados em disciplina específica ou foco mais delimitado- como na Linguística e na Pedagogia) quanto em interdisciplinares. Podemos citar educação a distância, cibercultura, letramento digital, formação tecnológica de professores e uso da tecnologia em sala de aula, como alguns dos temas de razoável popularidade em publicações nos últimos anos.

Por outro lado, outros temas são abordados ainda com pequena frequência, correndo o risco de passarem “despercebidos”, “desprestigiados” e não receberem a devida atenção necessária. Neste caso, é possível apontar os livros didáticos e as discussões de gêneros textuais digitais em materiais didáticos e na educação a distância (EaD).

 

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Web 2.0 e materiais didáticos de línguas: reflexões necessárias

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VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Web 2.0 e materiais didáticos de línguas: reflexões necessárias. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XV, p. 1017-1025, 2011.

 

Definir a Web 2.0 não é uma tarefa simples, uma vez que não se trata de uma atualização técnica da internet. Além disso, ela não pode ser marcada por um acontecimento histórico específico. Em outras palavras, não é possível apontar uma tecnologia ou uma data específica para o seu começo (BARROS, 2009).

A numeração 2.0 sugere uma atualização de versão, assim como acontece comumente com softwares. No entanto, conforme discutiremos, a passagem do que consideramos Web 1.0 para a 2.0 está relacionada à compreensão de mudança de paradigmas de formas de acesso, uso, participação e interação na internet (ERCÍLIA & GRAEFF, 2008; GABRIEL, 2010; TORI, 2010).

A web 2.0 não deve ser confundida com as tecnologias e velocidades de conexão a internet (ADSL, cabo, 3G, por exemplo). Em outras palavras, a compreensão de web 2.0 não está relacionada ao acesso à internet na chamada banda larga, com conexões mais rápidas e contínuas. Esta é uma confusão comum, já que esta denominação começou a se popularizar de forma um tanto quanto paralela à expansão da internet em alta velocidade nas residências.

 

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O que é Web 2.0?

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Web 2.0 é um termo que se refere à compreensão de formas de participação e interação na internet, caracterizada por papéis ativos, publicação e compartilhamento de conteúdos, redes sociais, computação nas nuvens.  Ou seja, em termo gerais, o usuário deixa de “apenas” consumir conteúdos, mas passa a produzir, comentar, compartilhar, influenciar pessoa, produtos e marcas, dialogar ativamente.

O termo não se refere a uma especificação técnica da internet ou à conexão em banda larga. A caracterização da web 2.0 tem relação com aspectos sociais e interacionais. Ela surge da observação de mudanças de comportamento e formas de participação dos usuários. Trata-se de um dos conceitos mais importantes para entender a cultura digital e as transformações comunicacionais e interacionais relacionadas ao uso intenso dos dispositivos digitais e da web.

Algumas características marcantes da web 2.0 incluem:

  • publicação e compartilhamento de conteúdos;
  • maior nível de participação na web, como produtor de textos e conteúdos diversos;
  • intensificação de vínculos sociais pela web, da qual as redes sociais são o grande exemplo;
  • desenvolvimento de sites dinâmicos, responsivos e para realização de uma série de atividades sociais;
  • a computação nas nuvens – saiba mais aqui;
  • a web passa a ser um espaço para manifestação de vozes, interesses, críticas sociais, criação de conteúdos, muito mais que apenas a leitura;

No artigo WEB 2.0 E MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUAS: REFLEXÕES NECESSÁRIAS, explico que:

Definir a Web 2.0 não é uma tarefa simples, uma vez que não se trata de uma atualização técnica da internet. Além disso, ela não pode ser marcada por um acontecimento histórico específico. Em outras palavras, não é possível apontar uma tecnologia ou uma data específica para o seu começo (BARROS, 2009).

A numeração 2.0 sugere uma atualização de versão, assim como acontece comumente com softwares. No entanto, conforme discutiremos, a passagem do que consideramos Web 1.0 para a 2.0 está relacionada à compreensão de mudança de paradigmas de formas de acesso, uso, participação e interação na internet (ERCÍLIA & GRAEFF, 2008; GABRIEL, 2010; TORI,2010).

A web 2.0 não deve ser confundida com as tecnologias e velocidades de conexão a internet (ADSL, cabo, 3G, por exemplo). Em outras palavras, a compreensão de web 2.0 não está relacionada ao acesso à internet na chamada banda larga, com conexões mais rápidas e contínuas.

Esta é uma confusão comum, já que esta denominação começou a se popularizar de forma um tanto quanto paralela à expansão da internet em alta velocidade nas residências.

Embora a web 2.0 não se trate de hardware ou tecnologia de acesso à internet, o desenvolvimento destes auxiliaram a criar condições favoráveis para a Web 2.0. Valente e Mattar (2007) reconhecem que a banda larga foi um dos fatores que possibilitaram a viabilização da Web 2.0.

 

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Web 2.0 e materiais didáticos de línguas: reflexões necessárias. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XV, p. 1017-1025, 2011. Acesse o artigo aqui!

 

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Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras

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VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Cultura digital, letramento digital e formação de professores de línguas estrangeiras. CADERNOS DO CNLF (CIFEFIL), v. 21, p. 1761, 2017.

RESUMO Este trabalho discute diferentes dimensões das transformações e das implicações da cultura digital na formação de professores de línguas estrangeiras. O uso de tecnologia não é recente no ensino de línguas estrangeiras. No entanto, a emergência e a expansão de uma cultura digital oferecem diferentes implicações que devem ser consideradas na formação de professores, que incluem, mas não estão restritas ao letramento digital (ARAUJO & VILAÇA, 2017), gêneros textuais digitais (MARCUSCHI, 2008 e 2010; KOCH, 2011), multimodalidade e uso de recursos e ambientes baseados na web 2.0 (GABRIEL, 2013). Hoje a tecnologia afeta as práticas pedagógicas, mesmo quando não são empregadas em sala de aula e quando não se apresentam de forma clara. Isso se deve ao fato de que a cultura digital se mantém, mesmo quando não há “conexões” ou dispositivos digitais em uso. Palavras-chave: Cultura digital. Letramento digital. Formação de professores.

A cultura digital ganhou destaque e passou a ser um tema amplamente discutido e pesquisado, sendo abordado por diversas áreas tanto em perspectiva disciplinar quanto interdisciplinar (SANTAELLA, 2010; FANTIN & RIVOLTELLA, 2012; VILAÇA, 2014; ARAÚJO & VILAÇA, 2016). Com a popularização das tecnologias digitais, dos dispositivos, da conexão em banda larga, dos aplicativos, vários conceitos relacionados a esta cultura digital foram sendo revistos e passaram a incorporar novos significados ou por processos de questionamento e revisão. Para ilustrar de forma objetiva, letramento digital e inclusão digital podem ser citados. Estes termos/conceitos têm sido usados com diferentes significados e a sua compreensão tem incorporado novas percepções, características, perspectivas e atribuições. (VILAÇA & ARAUJO, 2017)

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