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O que é um domínio de internet? Questões de escolha, registro e identidade

Um domínio de internet é composto por um nome, seguido de um sufixo e a identificação de nacionalidade, em muitos casos.

Vejamos um exemplo: nomedoseusite.com.br O .com é chamado de sufixo. A quantidade de sufixos é bastante limitada. Os mais comuns são: com, net, org, info. Há aqueles ligados à ocupações e profissões: pro (professor), mus (música) e adv (advogado), por exemplo. Br é indicação do país.

A regra de registro em geral é bem simples: quem registrar primeiro leva. Com isso, nenhuma empresa tem por princípio um domínio assegurado. Por este motivo, muitas empresas, até mesmo antes da sua abertura, tem domínios possíveis registrados.

Por motivos variados, inclusive, segurança algumas empresas e marcar registram diversos domínios semelhantes com o mesmo ou outros sufixos.

Os sites filologia.org.br e filologia.com.br são sites diferentes. A confusão na memorização entre eles leva o usuário ao site errado. Adicionar ou esquecer um .br pode gerar a outro site. Logicamente, algumas empresas registram as variantes: www.yahoo.com e www.yahoo.com.br , por exemplo.

Para pessoas físicas e pequenas empresas, a medida não é tão simples, por causa dos custos (registro e renovações anuais).
Alguns sufixos são de uso limitados, só podendo ser registrados por instituições, empresas de áreas específicas e governos. Exemplos: mil (militar), edu (para universidades), gov (governo).

O domínio .com.br atualmente pode ser registrado por qualquer pessoa com CPF. Não há mais a necessidade de CNPJ. Também não é preciso ter uma organização, fundação, ou ONG para registrar um site com sufixo org. Basta ter um CPF.

Um alerta importante: os domínios bons (fáceis de memorizar e digitar) estão cada vez mais difíceis. Muitos estão registrados por empresas e pessoas para venda e leilões. Neste caso, há uma “especulação” sobre os domínios.

O registro de um domínio tem validade de um ano. Assim, o domínio precisa ser renovado anualmente. Caso isto não ocorra, o domínio passa por alguns estágios até que ele fique disponível novamente para registro. Se o domínio não for renovado, o normal é que o usuário não consiga mais acessar o site. O site, é bom deixar claro, não é apagado. Apenas não é mais localizado por aquele domínio.

O registro deve ser feito com empresa séria para evitar riscos de problemas para comprovação de propriedade e transferência entre provedores. O domínio não pode ficar “preso” a este ou aquela empresa ou prestador de serviço. Há algumas normas para a transferência de domínios entre provedores.

O domínio pode ser registrado antes do desenvolvimento do site. No entanto, alguns cuidados são necessários, já que há períodos de “carência” para transferência de domínios. Em termos práticos, um domínio não deve ser registrado por um provedor para que em seguida ele seja transferido para outro. Há empresas que gerenciam os domínios, independente do provedor onde o site será hospedado.
Informe-se bem antes de escolher um provedor. Busque notícias, referências e avaliações sobre os serviços dos provedores.

Segurança e privacidade na cultura digital: ambientes e dispositivos

Com certa frequência, vários sites especializados em tecnologia abordam um tema complexo e controverso: privacidade, na internet e nos dispositivos.  Notícias de softwares e dispositivos que coletam informações dos usuários sem o conhecimento destes são publicadas em jornais, revistas e portais.

Alguns alegam que perdemos gradualmente a nossa privacidade e que já deveríamos estar acostumados a isto. Outros dizem que a perda da privacidade é o “custo” de serviços online gratuitos.

Na verdade, o tema precisa de uma ampla discussão e, possivelmente, de legislação que proteja os usuários. Há diferentes possíveis compreensões para este termo “privacidade”, algumas vezes sendo “confundido” com anonimato ou invisibilidade. Não são a mesma coisa obviamente.

Vejamos um exemplo do mundo offline. Não é agradável receber ligações telefônicas de empresas que compram ou recebem (como parceiros de outras empresas) nossos dados. Alguns dias isto pode ser extremamente invasivo, chato e desagradável, dificultando trabalho, repouso ou lazer. Você recebe uma ligação oferecendo um serviço que você não pediu e você ainda precisa “justificar” ou “pedir desculpa” por não aceitar ou ter interesse no que é proposto. Isto é muito comum com TV por assinatura, empresas de telefonia, cartões de crédito, assinaturas, entre outros produtos. Certamente você já se perguntou como essas pessoas descobrem os seus dados, que muitas vezes não são poucos.

O SPAM, e-mail indesejado com propaganda, é muito criticado, havendo acordos para não emissão de SPAM por provedores, empresas… Muitos provedores informam que um site neles hospedado pode ser tirado do ar se o mesmo for responsável por spam.

No caso do SPAM, é bem mais fácil descobrir e-mails ou que programas tentem adivinhar endereços de e-mail. Além disso, muitas pessoas “entregam” e-mails de conhecidos e desconhecidos quando encaminham e-mails sem excluir os endereços. Algumas mensagens apresentam centenas de endereços expostos de forma desatenta.

No caso do telefone, uma pessoa liga para a sua casa muitas vezes sabendo o seu nome, entre outras informações. Isto é mais complicado que descobrir e-mails. Logo, é possível considerar que alguém passou dados seus para os contatos telefônicos.

Eu particularmente não aceito nada oferecido por telefone (recebendo a ligação) por achar que isto é muito perigoso. Uma pessoa liga para a sua casa, pede documentos, numero de cartão de crédito, endereço… Quem pode garantir que aquela pessoa representa, de fato, a empresa anunciada. Na mídia, podemos ver várias reportagens sobre golpes por telefone.

As mensagens por SMS são empregadas algumas vezes para golpes. Você recebe um SMS dizendo que foi contemplado em promoção que nunca se inscreveu e que deve entrar em contato com um telefone…

Considerando o crescente uso da internet em diversas práticas sociais, a privacidade merece muita atenção, até mesmo por questões de segurança. É algo que está além de serviços mais “direcionados” ou “propaganda mais eficaz”, como muitas vezes argumentam aqueles que dizem que a maior privacidade é trocada por melhores serviços ou por serviços gratuitos. O preço não seria muito alto?

O usuário deve ser clara e explicitamente avisado e relembrado de questões de privacidade nos serviços online e nos dispositivos como smartphones e tablets. Se a privacidade no mundo offline é uma questão séria, ela também deve ser no mundo online. Mesmo em casos nos quais o usuário envia consciente e voluntariamente dados, os mesmos devem ser mantidos em segurança.

As empresas precisam ser responsáveis pela segurança dos dados e pelos usos que são feitos com estes.

A possível “invasão” de privacidade (que pode ocorrer em alguns casos) não deve ser o “preço” da gratuidade de serviços ou de serviços mais customizados. A questão deve ser entendida como séria, não apenas na internet, mas nos dispositivos eletrônicos em geral, tais como celulares, smartphones, tablets

Continuarei esta questão em outro post em breve…

O que é o WordPress?

O WordPress é outro sistema popular para criação de sites dinâmicos (www.wordpress.org). Trata-se de outros sistema open source de destaque. Provavelmente deve ser o mais popular. A sua popularidade se deu pelo seu uso básico: criar blogs. Muitos sites apresentam comparações entre o WordPress e o Joomla, uma tarefa dificil, até mesmo porque os dois sistemas possuem ampla quantidade de defensores.

As potencialidades do WordPress são ampliadas nas atualizações. Com isto, ele passa cada vez mais a ser considerado por muitos como um CMS ( Content Management System). Considerando as instalações básicas, o WordPress é ou, pelo menos era, teoricamente menos preparado para um Portal que o Joomla. No entanto, ele é geralmente a primeira opção para publicar blogs e para sites de notícias.
Se o Joomla possui milhares de extensões, o WordPress possui milhares de plugins que adicionam funcionalidades variadas ao sistema, possibilitando a construção de sites mais complexos.

Estima-se que aproximadamente 30% dos sites empreguem o WordPress. Ou seja, trata-se da plataforma mais popular.

É possível encontrar plug-ins que prometem transformar o WordPress em plataforma para serviços diferentes, inclusive fóruns, redes sociais, ambientes virtuais de aprendizagem…

Publicar um post no WordPress é simples como enviar um e-mail. Praticamente não tem curva de aprendizagem. A aprendizagem básica é quase que instantânea. Se no Joomla os conteúdos são chamados de artigos, no WordPress eles são chamados de posts.

Sem dúvida, a grande vantagem do WordPress é a simplicidade. É muito simples de publicar conteúdo, de fazer backup(exportar conteúdos), de atualizar, de revisar artigos, de ter conteúdos comentados ou avaliados… Para adicionar enquetes, é preciso instalar um plugin. Para ter as estatísticas de acesso, também.

Os plugins podem ser pesquisados e instalados de dentro do próprio WordPress. Convém sempre examinar as estatísticas, as avaliações e os comentários de quem já instalou o plugin desejado, sem contar com a compatibilidade com a versão do WordPress empregada.

Assim como o Joomla, o WordPress também está divido em duas áreas: backend e frontend. O backend do WordPress é mais objetivo e simples que o do Joomla. Nele, os administradores ou autores administram o sistema e escrevem os posts, que são organizados em categorias (assim como os artigos do Joomla). Um post pode pertencer a várias categorias ao mesmo tempo. Outras marcas do WordPress são as tags e o sistema que permite comentários dos leitores.

Os comentários podem ser publicados imediatamente ou com moderação. No segundo caso, o comentário é avaliado e aprovado por alguém para que ela seja liberada. É comum que o WordPress seja preparado para não aceitar comentários com palavrões ou outras palavras que podem ser insultos, propagandas ou links. Observe isto em sites de jornais online e notícias. Algumas vezes a palavra é digitada de forma diferente, abreviada ou segmentada para tentar burlar estes sistemas. Assim, muitas vezes é recomendado que a moderação seja feita de forma individual. No entanto, esta tarefa pode não ser viável dependendo da quantidade de comentários. É possível estabelecer que apenas usuários cadastrados no sistema possam publicar conteúdos.

A aparência no WordPress é estabelecida pelos temas, com milhares de opções gratuitas e pagas. Na maioria das vezes o design se baseia em duas ou três colunas.