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Privacidade online e segurança

Imagem: Pixabay

Considerando o crescente uso da internet em diversas práticas sociais, a privacidade merece muita atenção, até mesmo por questões de segurança (online e offline). É algo que está além de serviços mais “direcionados” ou “propaganda mais eficaz”, como muitas vezes argumentam aqueles que dizem que a maior privacidade é trocada por serviços melhores ou gratuitos. O preço não seria muito alto?

O usuário deve ser clara e explicitamente avisado e relembrado de questões de privacidade nos serviços online e nos dispositivos como smartphones e tablets. Se a privacidade no mundo offline é uma questão séria, ela também deve ser no mundo online. Mesmo em casos nos quais o usuário envia consciente e voluntariamente dados, estes dados devem ser mantidos em segurança.

Se o mundo offline tem diversas formas de sigilos assegurados tais como sigilo de correspondência, sigilo profissional, sigilo bancário, sigilo telefônico, entre outros possíveis, o mundo online ficaria isento de proteção à privacidade?

As empresas – online e offline – precisam ser responsabilizadas pela segurança dos dados e pelos usos que são feitos com estes.

Em síntese, o nível de privacidade deve ser avaliado e autorizado pelo usuário. Desta forma, as pessoas poderiam escolher o nível de exposição e privacidade que desejam, conforme suas necessidades e seus objetivos.

A “invasão” de privacidade não deve ser o “preço” da gratuidade de serviços ou de serviços mais customizados. Esta resposta parece ser simplista, querendo encerrar uma discussão que deve ser mais profunda e cuidadosa. A questão deve ser entendida como séria, não apenas na internet, mas nos dispositivos eletrônicos em geral, tais como celulares, smartphones, tablets…

Práticas sociais comuns são baseadas em permissões e escolhas. Se os sigilos telefônico, de correspondência, bancario, entre outros, são importantes, na vida online a privacidade não seria importante? Quando uma pessoa publica um post, um tweet, uma foto, um video, ela deve saber está tornando público este conteúdo (o nível de visibilidade depende de uma série de fatores – até mesmo de configurações).

No entanto, compreende-se, neste caso ,que o usuário está (ou pelo menos deveria estar) consciente disto e capaz de avaliar as consequências e os riscos. Trata-se de uma escolha. Além disso, muitos sistemas e serviços oferecem níveis de acesso, assim alguns conteúdos podem ficar visíveis apenas para amigos ou grupos restritos de pessoa.

A privacidade está intensamente relacionada à segurança – inclusive offline. Este talvez seja um fato que muitas vezes seja ignorado. O cruzamento e a integração de dados podem ampliar significativamente os riscos.

Em breve, retorno ao assunto. Enquanto isto, certamente poderemos encontrar em sites especializados e na mídia em geral notícias questionando a segurança de dados, o vazamento de informações, a vulnerabilidade de sistemas, questionamentos de políticas de privacidade…

A vida privada ainda não entrou em domínio público.

O que é Internetês?

Provavelmente ao perguntar muita gente sobre a relação entre a internet e a linguagem, o internetês deve ser o termo mais popular. Muitos já devem ter ouvido reclamações de pessoas que escrevem fora da internet da mesma forma que na internet, geralmente fazendo uso de abreviações, trocas de letras, mudanças sintáticas, combinações de caracteres para indicar algum sentimento ou reação, como estes 🙂 ou ;).

O uso mais popular do internetês era a “linguagem” de comunicação rápida, informal e abreviada em bate-papos, aplicativos de mensagens e blogs. Alguns autores apontam o termo bloguês.  Os dois termos indicariam, como neologismo, a língua da internet e dos blogs.

Vilaça e Araújo (2012, p. 65 e 66) apontam que:

Algumas características do Internetês são abreviações (msg, bjs ou bjus, por exemplo),  maior proximidade com a pronúncia (kadê, adoru ao invés de cadê e adoro), uso de  estrangeirismo (me add, para adicione-me), siglas a partir do inglês (BTW para by the way;  ASAP para as soon as possible).  Além disso, é empregado para expressar emoções (LAJOLO e ZILBERMAN, 2009),  aspecto evidenciado pelo uso comum de caracteres para “produzir” desenhos (para indicar tristeza – 🙁  ) e o uso de emoticons (figuras simples de rostos que indicam emoções)  (FONTES, 2007).

Dessa forma, é possível compreender que o Internetês tem por finalidade básica  promover uma escrita (digitação) mais rápida. Ele pode ser encontrado com maior frequência
em salas de bate papo (chat), fóruns, em mensagens de textos por celulares e em redes sociais.  Lajolo e Zilberman (2009, p. 31) explicam que “transplantada para a tela, a escrita, que
sempre procurou acompanhar a fala, oferece novas possibilidades de reproduzir a oralidade,  infringindo normas cristalizadas dessa representação.”

 

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa ; ARAUJO, E. V. F. . Questões de comunicação na era digital: tecnologia, cibercultura e linguagem. Revista e-scrita: revista do curso de Letras da UNIABEU, v. 3, p. 58-72, 2012.

Acesse o artigo da citação acima aqui. 

 

 

Usabilidade em sites

 

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O termo usabilidade é usado com referência a características de “deslocamento”/navegação de visitantes em sites e localização de funções, áreas e conteúdos do site. A visita em um site não deve exigir um manual.

Um site deve oferecer experiências de navegação fáceis, rápidas e objetivas. Em termos simples, o usuário não deve “quebrar a cabeça” para entender o site e chegar ao seu destino, localizando o conteúdo desejado ou a função a ser empregada. Hoje esta questão apresenta uma grande melhoria e a movimentação dentro do site é bastante simples. No entanto, nem sempre foi assim.

No início da década passada, era mais fácil se depara em um site em que se gastava muito tempo para encontrar a informação desejada, dando a impressão de que a navegação acontecia em círculos e acabávamos voltando para o mesmo lugar. Isto não era prestígio apenas de sites “amadores”.  Alguns sites de grandes empresas também apresentavam este problema.

Problemas de usabilidade também podem fazer parecer que algumas informações estão escondidas, seja por descuido ou por intenção.

As ferramentas de buscam ajudam a encontrar informações, mas o usuário deve conseguir entender a lógica de navegação do site sem esforço.

O tempo de permanência no site deve ser motivado por seus conteúdos e não consequência de uma navegação confusa ou redundante. Afinal, uma expressão comum em design precisa estar em mente: o conteúdo é rei!

Uma regra básica apontada por muitos designers e desenvolvedores é a chamada “regra” de 3 cliques. O visitante deve chegar ao conteúdo desejado em, no máximo, 3 cliques. Caso contrário, ele poderá:

a) ter dificuldades de encontrar o que deseja;

b) interromper a visita;

b) ficar desmotivado de voltar ao site.

Se por um lado há descuidados, há outros que investem e pesquisam bastante a usabilidade do site.

 

Domínio de Internet – escolha, registro, renovação e usos

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Um domínio de internet é composto por um nome, seguido de um sufixo e a identificação de nacionalidade, em muitos casos.

Vejamos um exemplo: nomedoseusite.com.br O .com é chamado de sufixo. A quantidade de sufixos é bastante limitada. Os mais comuns são: com, net, org, info. Há aqueles ligados à ocupações e profissões: pro (professor), mus (música) e adv (advogado), por exemplo. Br é indicação do país.

A regra de registro em geral é bem simples: quem registrar primeiro leva. Com isso, nenhuma empresa tem por princípio um domínio assegurado. Por este motivo, muitas empresas, até mesmo antes da sua abertura, tem domínios possíveis registrados.

Por motivos variados, inclusive, segurança algumas empresas e marcar registram diversos domínios semelhantes com o mesmo ou outros sufixos.

Os sites filologia.org.br e filologia.com.br são sites diferentes. A confusão na memorização entre eles leva o usuário ao site errado. Adicionar ou esquecer um .br pode gerar a outro site. Logicamente, algumas empresas registram as variantes: www.yahoo.com e www.yahoo.com.br , por exemplo.

Para pessoas físicas e pequenas empresas, a medida não é tão simples, por causa dos custos (registro e renovações anuais).

Alguns sufixos são de uso limitados, só podendo ser registrados por instituições, empresas de áreas específicas e governos. Exemplos: mil (militar), edu (para universidades), gov (governo).

O domínio .com.br atualmente pode ser registrado por qualquer pessoa com CPF. Não há mais a necessidade de CNPJ. Também não é preciso ter uma organização, fundação, ou ONG para registrar um site com sufixo org. Basta ter um CPF.

Um alerta importante: os domínios bons (fáceis de memorizar e digitar) estão cada vez mais difíceis. Muitos estão registrados por empresas e pessoas para venda e leilões. Neste caso, há uma “especulação” sobre os domínios.

O registro de um domínio tem validade de um ano. Assim, o domínio precisa ser renovado anualmente. Caso isto não ocorra, o domínio passa por alguns estágios até que ele fique disponível novamente para registro. Se o domínio não for renovado, o normal é que o usuário não consiga mais acessar o site. O site, é bom deixar claro, não é apagado. Apenas não é mais localizado por aquele domínio.

O registro deve ser feito com empresa séria para evitar riscos de problemas para comprovação de propriedade e transferência entre provedores. O domínio não pode ficar “preso” a este ou aquela empresa ou prestador de serviço. Há algumas normas para a transferência de domínios entre provedores.

O domínio pode ser registrado antes do desenvolvimento do site. No entanto, alguns cuidados são necessários, já que há períodos de “carência” para transferência de domínios. Em termos práticos, um domínio não deve ser registrado por um provedor para que em seguida ele seja transferido para outro. Há empresas que gerenciam os domínios, independente do provedor onde o site será hospedado.

Informe-se bem antes de escolher um provedor. Busque notícias, referências e avaliações sobre os serviços dos provedores.

Webdesigner e Webmaster: um pouco de memória

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Houve um tempo em que era comum encontrar as palavras webdesigner e webmaster em algum lugar do site, mais comumente no rodapé. Em muitos casos, apenas o webmaster era mencionado. Hoje o mais comum é encontrar referências ao webdesigner. E o webmaster, onde foi parar?

É fácil perceber que o webdesigner era o designer de páginas da internet. Logo, ele era o desenhista da página, responsável pela sua aparência. O webdesigner basicamente usava html, css, javascript e animações em Flash para desenhar os sites.

E o webmaster? Primeiramente, é bom dizer que muitas vezes a palavra era usada de forma genérica, significando também webdesigner. No entanto, muitas vezes, especialmente quando as duas palavras apareciam, o webmaster era a pessoa responsável pela programação do site (em php, asp, asp.net, jsp, por exemplo), pela sua atualização e pela manutenção funcional do site. Quando uma única pessoa “fazia tudo” o comum era que esta pessoa fosse chamada de webmaster.

Se o webdesigner era o designer/desenhista da web, o webmaster era o mestre da web, muitas vezes um faz-tudo. Outro termo que passou a ser empregado, de forma mais sofisticada, era o web developer. Este era o desenvolvedor do site, capaz de programar funções avançadas no site, criar e administrar bancos de dados e desenvolver aplicações complexas para a internet.

CSS – Cascading Style Sheet – Folhas de estilo em cascata

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Você já se perguntou como muitos sites mudam de aparência de uma hora para a outra? A curiosidade fica maior quando o site é grande, com centenas ou milhares de páginas. Um dos “segredos” que possibilitam essa mágica são poucos arquivos CSS. CSS é a sigla para Cascading Style Sheet, em português folhas de estilo em cascata. O nome folha de estilo ajuda a prever que elas afetam o estilo de páginas na internet, ou seja, a sua aparência.

A “grande mágica” do CSS é o efeito em cascata. Ou seja, ao atualizar um arquivo, você pode ter mudanças de design afetando todos os sites.

O arquivo CSS é um arquivo de texto, salvo com a extensão CSS, que cuida de grande parte aparência do site. Entre outras coisas, o arquivo pode ter informações sobre fontes, cores, bordas, divisórias…

Imagine por exemplo um site estático com 200 páginas. Imagine que o texto apareça em cor vermelha e com a fonte Arial. Com um ajuste mínimo no arquivo CSS original, você pode trocar a fonte para Verdana azul. Ao fazer o upload de um único arquivo para o servidor, layout.css (por exemplo), você altera, ao mesmo tempo, a aparência das páginas. Isto significa que não é necessário fazer alterações separadas em nas 200 páginas e realizar novo upload de todas elas. Um pequeno arquivo pode afetar todos os sites. Entre outras coisas, isto significa economia de tempo e de franquia de banda de uso da internet.

Hoje a maioria dos sites, especialmente os grandes e os dinâmicos, empregam CSS para facilitar o design.

Antigamente, muitos sites estáticos eram feitos puramente em HTML. Dependendo do programa usado, todos os arquivos precisavam ser refeitos ou modificados e, depois carregados para o servidor de hospedagem. Alguns softwares, como o famoso e poderoso Dreamweaver, possuíam a função de modelos. Com esta função, alterações feitas no modelo eram transferidas para todas as páginas construídas a partir daquele modelo. Seria a mesma coisa do CSS ?

Não ! A alteração até podia ser feita em todas as páginas, mas as páginas precisavam ser atualizadas (por upload) no servidor. Logo, os arquivos anteriores precisavam ser alterados pelos novos. Sem dúvida, era um recurso muito útil, mas não era a mesma coisa.

O CSS ficou conhecido muitas vezes como tableless design (design sem tabela). Em outro post, tratarei dos designs baseados em tabela e os tableless.

 

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O que é Computação nas Nuvens?

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O termo computação nas nuvens (cloud computing, em inglês) tem sido empregado cada vez com mais frequência para aplicativos online, hospedagem de sites, armazenamento de arquivos, ambientes virtuais diversos. A nuvem neste caso representa a internet. E a computação nas nuvens indica que o os sistemas e arquivos não estariam localizados ou instalados no computador, mas estão na internet. Neste caso, o papel básico do computador é permitir o acesso à internet e o navegador de internet passa a ser o software básico.

Além de softwares que são instalados no seu computador, podemos encontrar de forma crescente nos últimos anos aplicativos e serviços online. Computação nas nuvens é um termo popular, que se refere predominantemente a ciar, salvar arquivos, rodar aplicativos diretamente online.

No caso do armazenamento de arquivos online, você pode escolher se deseja compartilhar o arquivo com pessoas específicas, permitir trabalho colaborativo ou edição por terceiros ou gerar um link para acesso público.

Um dos primeiros usos populares do termo foi na hospedagem de sites. Até então, as modalidades de hospedagem populares nos provedores eram: a hospedagem compartilhada ( a mais popular e barata, na qual um servidor pode hospedar um número muito grande de sites), a hospedagem semidedicada (na qual a quantidade de sites era reduzida para ampliar a capacidade de cada site) e a hospedagem dedicada (na qual o servidor não era “dividido” entre diferentes sites ou clientes). Com os planos de computação nas nuvens, os usuários podiam flexibilizar e ampliar os recursos para um site, conforme a necessidade se ampliava ou passava por momento específico que demandasse mais poder de armazenamento, processamento ou visitação).

Com o DropBox, OneDrive e Google Drive, o termo se popularizou grandemente com usuários em geral, como forma de armazenar os arquivos online, podendo acessá-los de diferentes dispositivos e lugares, já que os arquivos estão na internet e não restrito a um pen drive, computador, ou HD. Este uso se diferenciava de serviços de compartilhamentos de arquivos como, por exemplo, o RapidShare e o MegaUpload, na época. É indispensável ter em mente que os serviços se modificam, transformam e incorporam novas funcionalidades ou adotam restrições em tempo muito rápido, especialmente em características, funcionalidades, restrições, forma de uso e até o tipo de licença ou custo para uso.

Como tudo na vida tem vantagens e desvantagens, assim como alguns riscos. Existem serviços e aplicativos gratuitos e pagos. A maioria requer a criação de uma conta (cadastro) com acesso por meio de login e senha.

Atenção! O login costuma ser um nome de usuário ou e-mail(na maioria das vezes). A senha deve ser uma senha específica. Algumas pessoas acabam cadastrando desatentamente a senha do próprio e-mail, o que ocasiona riscos extras de segurança e privacidade. O ideal é que a pessoa tenha senhas diferentes para cada serviço, aplicativo ou conta de e-mail.

Os serviços online devem ser analisados com cuidado. Considere, por exemplo:

a) funcionalidade e recursos;
b) limitações ou restrições de aplicativos ou serviços gratuitos;
c) termos de uso, licenças de uso, questões de privacidade e contratos;
e) modo de uso e formas de acesso;
f) custos(a gratuidade pode não ser a melhor opção em alguns casos);

Exemplos de possíveis problemas (Sim há vantagens, mas também devemos contar com problemas):

1- Uma pessoa pode não querer ter de criar cadastros em vários serviços e ter de usar várias senhas;
2- A privacidade e a segurança dos dados dos usuários, das atividades realizadas e das informações coletadas;
3- Pequeno controle dos dados, arquivos e cia. Por exemplo: um serviço gratuito pode ser encerrado de repente e seus trabalhos, dados… ficarem perdidos;
4- Pouca Confiabilidade ou instabilidade do serviço – “Sistema fora do ar. Volte mais tarde.” “A conexão falhou.”

 

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