Blended Learning
Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Tecnologia, Educação e Comunicação
VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Tecnologia, Educação e Comunicação . Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVII, p. 16, 2013.
A popularização da internet oferece diferentes possibilidades para o campo educacional. Ela pode ser, entre outras coisas, local de pesquisa, ferramenta de comunicação e um ambiente de aprendizagem. A aprendizagem auxiliada pela internet ou realizada nela não está restrita à educação a distância (EaD), embora esta certamente seja a face mais visível da relação entre internet e educação. Pesquisadores apontam que uma tendência de para os próximos anos é o crescimento do ensino semipresencial (também denominado de blended learning), combinando atividades de educação presencial e a distância. Neste contexto de ensino-aprendizagem na internet, os ambientes virtuais de aprendizagem se constituem uma ferramenta e local de práticas pedagógicas e comunicativas. Daí uma pergunta que costuma surgir para muitos professores e estudantes: Afinal, o que é um ambiente virtual de aprendizagem? Esta é a pergunta que orienta este trabalho.
O presente artigo discute definições e características dos ambientes virtuais de aprendizagem, sem esquecer das mudanças ocasionadas, entre outros fatores, pelas redes sociais (MATTAR, 2012) e pela web 2.0 (VALENTE & MATTAR, 2007; VILAÇA, 2011).
O que é Blended Learning?
Hoje a expressão blended learning encontra-se em crescente popularidade. Em português, podemos encontrar termos como ensino híbrido, ensino misto e ensino semipresencial. O verbo blend em inglês significa misturar.
Em termos gerais, pode ser definido como a combinação de atividades educacionais presencias com atividades online. Também podemos encontrar a definição de blended learning como a integração da educação a distância com a educação tradicional. Na verdade, não existe uma “fórmula” ou “proporção” para que um ensino possa ser chamado de híbrido. Há alguns anos estudiosos e pesquisadores apontam que esta é a tendência para um futuro próximo, tornando difícil diferenciar a educação a distância da educação presencial.
É comum que educadores integrem atividades, estudos, pesquisas online com o estudo em sala de aula, seja durante as aulas ou nos estudos e pesquisas em casa.
O blended learning também tem sido relacionado a metodologias ativas de ensino, uma vez que possibilita uma participação mais ativa dos alunos e um rompimento com os limites das salas de aula.
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Ambientes Virtuais de Aprendizagem – O que é um AVA?
Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) são frequentemente definidos sistemas baseados na internet que foram desenvolvidos para fins educacionais, predominantemente relacionados a Educação a Distância ou E-learning (apesar de o sentido deste termo ter ficado mais amplo e polissêmicos nos últimos anos). Em termos gerais, podem ser entendidos como sala de aula digitais (online) ou salas de aulas virtuais.
Em inglês, encontramos são chamados na, na maioria das vezes, de Learning Management System (LMS). No entanto, outras denominações comuns são: Learning Platform ( LP) e Learning Content Management System (LCMS).
O Ambiente Virtual de Aprendizagem é um ambiente baseado em internet (também é possível em intranets) que funciona de forma semelhante a um Portal cujo objetivo básico é a educação.
Podemos encontrar também a compreensão de ambientes virtuais de aprendizagem como as salas específicas dentro de um “LMS”. Neste caso, o “ambiente” digital é entendido como um sistema(system) ou uma plataforma (platform) na qual as salas são criadas. Neste caso, o Moodle – um dos mais famosos LMS do mundo- é visto como plataforma ou sistema e não um ambiente virtual de aprendizagem em si. Convém apontar, no entanto, que em grande parte, possivelmente na maioria das publicações sobre EaD, o termo ambiente virtual de aprendizagem é tratado como apresentado no início deste texto.
No artigo Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Tecnologia, Educação e Comunicação (VILAÇA, 2013, pp. 18,19) aponto que:
“Nos últimos anos, sistemas e serviços online que não foram desenvolvidos para atividades educacionais também são empregados como ambientes virtuais de aprendizagem, o que por vezes gera certa confusão. É o que ocorre com blogs, bate-papos, fóruns de discussões, redes sociais, sites de vídeos… A lista é extensa. Para entender melhor esta questão, hoje podemos pedagogicamente propor a discussão destes em dois tipos de ambientes virtuais:
a) Ambientes virtuais de aprendizagem dedicados ou específicos – (ambientes stricto sensu) – visão clássica de ambientes virtuais de aprendizagem encontrada na maioria de livros sobre educação a distância – Trata-se de um sistema planejado e desenvolvido especificamente para o uso educacional, de forma semelhante a uma sala de aula online, com ferramentas pedagógicas e comunicativas variadas.
b) Ambiente virtuais de aprendizagem adaptados – (ambientes lato sensu) – visão mais recente e flexível, fortemente influenciada pela web 2.0 e pelo conceito de computação nas nuvens. Ainda são poucos os livros que tratam dos AVAs nesta perspectiva. Este tipo de ambiente de aprendizagem se enquadra no que Valente e Mattar (2007) chamam de LMS 2.0. Neste caso, um sistema ou serviço online que não foi planejado e desenvolvido para fins educacionais é usado para esta finalidade.”
São exemplos de ambientes virtuais de aprendizagem dedicados (stricto sensu): Moodle, Teleduc, Chamilo, Claroline, Dokeos, Blackboard…
Como exemplo de ambientes virtuais de aprendizagem adaptados (lato sensu), posso destacar blogs, redes sociais, aplicativos de mensagens, fóruns…
VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM:TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVII, p. 16, 2013. Acesse o artigo aqui!
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