Educação, Tecnologias Digitais e Inovação

metodologias ativas

O que são metodologias ativas?

Provavelmente você já se deparou com escolas, universidades, cursos e professores que afirmam empregar metodologias ativas. Muitas pessoas, no entanto, se questionam: o que são metodologias ativas? Isso é uma novidade? Quais são as metodologias ativas?

A discussão ganhou bastante destaque nos últimos anos devido a diversos fatores. Vejamos alguns. Percebemos que algumas práticas e estratégias didáticas atualmente não apresentam resultados favoráveis. Percebe-se, portanto, a necessidade de mudanças, de práticas mais compatíveis, interessantes e envolventes para o contexto atual, marcado pelas novas formas de comunicação, interação e ferramentas digitais e aplicativos.

As metodologias ativas podem ser basicamente caracterizadas como práticas e estratégias de ensino-aprendizagem que colocam o aluno em papel de protagonismo. Ou seja, ele deve participar de práticas que sejam ativas, como o nome sugere. Práticas de aprendizagem passivas são pautadas essencialmente na “transmissão” de conhecimento e “memorização” descontextualizada de conteúdos. A contextualização é outro fator normalmente associado às metodologias ativas. É necessário que o conhecimento seja útil para a formação educacional e/ou profissional dos alunos.

A aula expositiva costuma ser empregada como exemplo oposto às metodologias ativas, ao se compreender que o aluno estaria em postura passiva em relação ao professor que seria a fonte do conhecimento. Digo “estaria”porque a questão deve ser analisada com maior profundidade, procurando entender, entre outros fatores, o contexto de ensino, as competências e habilidades a serem desenvolvidas, os recursos e tempo disponíveis, as possibilidades pedagógicas.

É importante destacar que, em geral, a discussão sobre metodologias ativas não é uma novidade como pode parecer. As tecnologias digitais, com seus dispositivos, serviços e aplicativos contribuíram para fortalecer a discussão sobre as metodologias ativas e destacar que as formas de ensino aprendizagem devem ser repensadas, já que o perfil dos alunos é influenciado pela cultura digital.

Outro fator que deve ser mencionado é a frequente associação das metodologias ativas a práticas inovadoras em educação. Cabe aqui apontar o cuidado para o entendimento de inovação que pode ser entendido de forma um tanto ampla, vaga ou, ainda, “exagerada”.

Algumas metodologias ativas populares são: estudos de caso, aprendizagem baseadas em projetos, blended learning (ensino híbrido), sala de aula invertida, mapa mental, problematização.

Em termos bem gerais, as metodologias ativas podem incluir trabalhos em grupos, discussões sobre temas atuais, debates sobre casos diversos, trabalhos baseados em projetos e tarefas a serem realizadas. É importante dar protagonismo aos alunos e possibilitar que eles participem ativa, crítica e criativamente dos procedimentos de ensino, motivando o seu engajamento e desenvolvendo a percepção de que ele está estudando questões realmente relevantes, atuais e com aplicação real ao campo ou nível de educação ou atuação profissional.

Em outros textos, retornarei a essas questões e a diferentes metodologias ativas.

 

O que é Blended Learning?

Imagem: Pixabay

Hoje a expressão blended learning encontra-se em crescente popularidade. Em português, podemos encontrar termos como ensino híbrido, ensino misto e ensino semipresencial. O verbo blend em inglês significa misturar.

Em termos gerais, pode ser definido como a combinação de atividades educacionais presencias com atividades online. Também podemos encontrar a definição de blended learning como a integração da educação a distância com a educação tradicional. Na verdade, não existe uma “fórmula” ou “proporção” para que um ensino possa ser chamado de híbrido. Há alguns anos estudiosos e pesquisadores apontam que esta é a tendência para um futuro próximo, tornando difícil diferenciar a educação a distância da educação presencial.

É comum que educadores integrem atividades, estudos, pesquisas online com o estudo em sala de aula, seja durante as aulas ou nos estudos e pesquisas em casa.

O blended learning também tem sido relacionado a metodologias ativas de ensino, uma vez que possibilita uma participação mais ativa dos alunos e um rompimento com os limites das salas de aula.

 

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Ambientes Virtuais de Aprendizagem – O que é um AVA?

Fonte: Pixabay

Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) são frequentemente definidos sistemas baseados na internet que foram desenvolvidos para fins educacionais, predominantemente relacionados a Educação a Distância ou E-learning (apesar de o sentido deste termo ter ficado mais amplo e polissêmicos nos últimos anos).  Em termos gerais, podem ser entendidos como sala de aula digitais (online) ou salas de aulas virtuais.

Em inglês, encontramos são chamados na, na maioria das vezes, de Learning Management System (LMS). No entanto, outras denominações comuns são:  Learning Platform ( LP) e Learning Content Management System (LCMS).

O Ambiente Virtual de Aprendizagem é um ambiente baseado em internet (também é possível em intranets) que funciona de forma semelhante a um Portal cujo objetivo básico é a educação.

Podemos encontrar também a compreensão de ambientes virtuais de aprendizagem como as salas específicas dentro de um “LMS”. Neste caso, o “ambiente” digital é entendido como um sistema(system) ou uma plataforma (platform) na qual as salas são criadas. Neste caso, o Moodle – um dos mais famosos LMS do mundo- é visto como plataforma ou sistema e não um ambiente virtual de aprendizagem em si. Convém apontar, no entanto, que em grande parte, possivelmente na maioria das publicações sobre EaD, o termo ambiente virtual de aprendizagem é tratado como apresentado no início deste texto.

No artigo Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Tecnologia, Educação e Comunicação (VILAÇA, 2013, pp. 18,19) aponto que:

“Nos últimos anos, sistemas e serviços online que não foram desenvolvidos para atividades educacionais também são empregados como ambientes virtuais de aprendizagem, o que por vezes gera certa confusão. É o que ocorre com blogs, bate-papos, fóruns de discussões, redes sociais, sites de vídeos… A lista é extensa. Para entender melhor esta questão, hoje podemos pedagogicamente propor a discussão destes em dois tipos de ambientes virtuais:

a) Ambientes virtuais de aprendizagem dedicados ou específicos – (ambientes stricto sensu) – visão clássica de ambientes virtuais de aprendizagem encontrada na maioria de livros sobre educação a distância – Trata-se de um sistema planejado e desenvolvido especificamente para o uso educacional, de forma semelhante a uma sala de aula online, com ferramentas pedagógicas e comunicativas variadas.

b) Ambiente virtuais de aprendizagem adaptados – (ambientes lato sensu) – visão mais recente e flexível, fortemente influenciada pela web 2.0 e pelo conceito de computação nas nuvens. Ainda são poucos os livros que tratam dos AVAs nesta perspectiva. Este tipo de ambiente de aprendizagem se enquadra no que Valente e Mattar (2007) chamam de LMS 2.0. Neste caso, um sistema ou serviço online que não foi planejado e desenvolvido para fins educacionais é usado para esta finalidade.”

 

São exemplos de ambientes virtuais de aprendizagem dedicados (stricto sensu): Moodle, Teleduc, Chamilo, Claroline, Dokeos, Blackboard…

Como exemplo de ambientes virtuais de aprendizagem adaptados (lato sensu), posso destacar blogs, redes sociais, aplicativos de mensagens, fóruns…

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM:TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVII, p. 16, 2013. Acesse o artigo aqui!  

 

 

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