Educação, Tecnologias Digitais e Inovação

Márcio Vilaça

O que é um CMS?

Fonte: Pixabay

CMS é a sigla em inglês de Content Management System. Em português, um Sistema de Gerenciamento de Conteúdo. De uma forma bastante simples ele pode ser definido como um sistema online (um software instalado em um servidor da web) que facilita a criação, publicação e atualização de sites dos mais diferentes tamanhos e para os mais diferentes propósitos. Estes sistemas permitem o desenvolvimento de sites dinâmicos como blogs e portais, principalmente. Os usuários podem ter diferentes papéis atribuídas no sistema e, conforme a função, tem “poderes” diferentes no sistema.

Os dois exemplos de CMS mais populares são o WordPress (tratado neste site), o Joomla e o Drupal. Inicialmente o WordPress era uma plataforma mais voltada para blogs, mas com o passar dos anos, ele foi sendo considerado um poderoso CMS, como o Joomla e o Drupal. O CMS pode ter as suas funcionalidades expandidas por meio de instalações adicionais, geralmente chamadas de extensões, módulos e plug-ins. Estima-se que 30% da internet hoje seja de sites criados com o WordPress. Este site é um feito com o WordPress.

Muitos sites de universidades, ministérios, departamentos de universidades e órgãos do Governo são feitos no Joomla. que é visto como um poderoso sistema para a criação de portais.

Com o sistema instalado no servidor, o usuário pode entrar no sistema e criar conteúdos, modificar a aparência (geralmente por meio de temas e templates), escolher funcionalidades, editar conteúdos, programar a publicação de conteúdos, criar áreas de acesso restrito… O sistema dialoga com um banco de dados e as modificações acontecem em tempo real. A criação ou atualização de um conteúdo pode ser feita de qualquer computador e até de outros dispositivos com acesso a internet. Dessa forma, o usuário não precisa criar páginas separadas, estabelecer links e fazer o upload das páginas, como nos antigos sites estáticos.

Os conteúdos muitas vezes chamados de posts ou artigos são normalmente divididos em seções, categorias, tags…. Os nomes são diferentes de acordo com o CMS. No WordPress, por exemplo, os conteúdos são basicamente organizados em páginas e posts.

De acordo com as funcionalidades ativadas, diferentes áreas do site podem apresentar ferramentas específicas, conteúdos selecionados ou ajudar a navegar no site ou portal. Os CMS ilustrados aqui são gratuitos. O usuário precisa de um servidor web que seja compatível com os requisitos do sistema. A instalação pode ser feita manualmente ou por instaladores de scripts. A maioria dos serviços de hospedagem oferecem ferramentas ou funcionalidades de instalação de sistemas com poucos cliques. Neste caso, geralmente a pessoa define o endereço do site, nome, uma breve descrição, um tema ou template (que sempre pode ser mudados), um nome de usuário e um login. Com o sistema instalado, o usuário entra no painel de controle e começa a criar seu site.

As vantagens do CMS são muitas. Praticamente quase não há mais motivos de não usar um, principalmente se o site for ter muitas “páginas” e quiser atribuir funcionalidades especiais sem precisar programar ou contratar um profissional para isso.

Muitos servidores de hospedagem oferecem bons serviços por menos de R$30,00 mensais. É necessário avaliar as necessidades e as características da hospedagem.  Os preços das hospedagens e as formas de hospedagem indicada mudam conforme as funcionalidades necessárias, o volume de visitação, o espaço de armazenamento necessários… No entanto, para a maioria dos usuários planos de hospedagem simples dão conta do recado com uma boa margem de segurança.

 

Moodle: um LMS gratuito e open source

O Moodle é, sem dúvida, um LMS (learning management system) extremamente popular e que se destaca entre as plataformas gratuitas para a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, que podem ser entendidas basicamente como uma sala de aula digital.

O sucesso do Moodle pode ser apontado por uma diversidade de fatores, dentre os quais merecem destaque: a) longa história do ambiente de gerenciamento de aprendizagem(uma tradução de learning management system); b) ampla comunidade de usuários e desenvolvedores; c) atualização frequente. Logicamente não devemos esquecer o fato de ser gratuito.

Sendo usado por um número enorme de instituições, departamentos e universidades em todo o mundo, não é difícil encontrar uma rede de suporte à aprendizagem, ao uso e à solução de problemas. Uma rápida pesquisa no YouTube ajuda a compreender este fato bem rapidamente. Em outras palavras, é razoavelmente fácil encontrar tutoriais ensinando a instalar, configurar e usar o Moodle.

Em termos gerais, o Moodle pode ser instalado em uma ampla diversidade de servidores de hospedagem que rodem PHP e MySQL, especialmente aqueles que usam versões atualizadas desta linguagem de programação e banco de dados.

Em muitos planos de hospedagem de sites, o Moodle pode ser instalado com poucos cliques e sem a necessidade de conhecimentos técnicos com poucos cliques por meio dos chamados instaladores de scripts (como o Fantastico e o Softaculous).  Há também empresas que oferecem serviços específicos de hospedagem de salas de aulas digitais com o  Moodle, seja como um serviço de instalação, configuração e design, como por meio de assinaturas mensais ou anuais, em pacotes bastante diversificados.

Apesar de já apresentar um conjunto bastante rico de funcionalidades, ele pode ser expandido com a instalação de plugins adicionais, que contam com muitas opções gratuitas no próprio site do Moodle (www.moodle.org). Há também opções pagas de plugins.

Para o iniciante absoluto, o Moodle pode parecer um tanto complexo, mas, na verdade, a curva de aprendizagem pode ser relativamente baixa para o uso das principais funcionalidades.

A aparência deste famoso sistema de gerenciamento de aprendizagem pode ser alterada com u uso de temas. Este costuma ser um ponto questionado por alguns usuários. Não é raro ouvir que o Moodle tem muito “a cara de Moodle”. No entanto, qualquer ambiente que seja usado tão amplamente empregado deve ter a sua identidade visual facilmente reconhecida. Muitos sites feitos WordPress se parecem com sites feitos em WordPress. Logicamente isto depende do trabalho e do investimento nos temas. É importante, no entanto, manter o foco no que é mais importante: as funcionalidades como um ambiente virtual de aprendizagem.

Por ser um sistema open source, o Moodle conta com uma ampla comunidade de desenvolvedores e colaboradores. A numeração da versão oficial atual (3.7) pode enganar fazendo parecer que o sistema não tem atualizações frequentes. Na verdade, importantes atualizações e funcionalidades são acrescentadas periodicamente, como, por exemplo da 3.6 para a 3.7.

Tecnologias Digitais e Livros Didáticos

As tecnologias digitais têm influenciado diferentes aspectos da educação. A Educação a Distância online talvez seja o ponto mais visível ou fácil de recordar em primeiro instante. No entanto, inegavelmente há uma amplitude bem maior de elementos, que inclui os dispositivos empregados em aula, os ambientes virtuais de aprendizagem, as ferramentas de comunicação, ferramentas e aplicativos de autoria e tutoria…

Não podemos esquecer, no entanto, que a cultura digital também tem relações com os livros didáticos. Isto ocorre de formas diferentes: publicações em e-book, gêneros textuais digitais, links para estudo e pesquisas…

Em trabalho sobre livros didáticos de línguas e tecnologia, aponto:

Apesar de todos os avanços tecnológicos, os livros didáticos ainda são as ferramentas mais empregadas nas salas de aula. No caso do Brasil, contribuem significativamente para isto: o Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), custo das tecnologias digitais, e infraestrutura das escolas, sem fazer uma lista extensa. Embora muitas escolas já possuam laboratórios de informática e empreguem mais recursos tecnológicos como televisores, computadores, projetores, internet, é o livro didático que exerce presença mais constante nas práticas pedagógicas, principalmente no espaço pedagógico delimitado pelas paredes das salas de aulas (VILAÇA, 2009; DIAS, 2009).

É necessário reconhecer que notebooks, tablets, entre outros dispositivos, já podem ser encontrados em muitas salas de aula e são apontados como “tendências” para a educação dos próximos anos. No entanto, o livro didático ainda representa, sem dúvida, a realidade presente mais evidente no cenário educacional nacional. Nos diferentes níveis e esferas educacionais, a presença, o uso e a presença da tecnologia não ocorrem de forma uniforme. Questões econômicas, sociais e políticas públicas estão entre alguns dos fatores que entram em cena para criar uma diversidade tecnológica na educação.

Neste artigo, discuto alguns pontos que podem ser levados em consideração na análise e na avaliação de livros didáticos:

No cenário atual, a tecnologia apresenta novos aspectos que devem ser considerados na avaliação de livros didáticos, tais como:

 Novos conteúdos gerados pela tecnologia – como os gêneros textuais digitais;

 Materiais que acompanham os livros didáticos;

 Sites e atividades online dos livros;

 Emprego da internet como fonte de pesquisa sobre conteúdos;

 Uso da internet para realização de atividades que ampliam o estudo da língua;

 Adequação ao letramento digital de professores e alunos;

Produção de textos na internet;

 Leitura na internet;

 Integração com redes sociais ou outros tipos de serviços que exercem forte apelo hoje;

Embora o artigo tenha o foco nos livros didáticos de línguas, algumas discussões podem contribuir para reflexões sobre livros didáticos de diferentes áreas.

O artigo completo está disponível para download:

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUAS E AS NOVAS TECNOLOGIAS: REFLEXÕES E QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO E ANÁLISE. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, v. 38, p. 80, 2013.

O que são metodologias ativas?

Provavelmente você já se deparou com escolas, universidades, cursos e professores que afirmam empregar metodologias ativas. Muitas pessoas, no entanto, se questionam: o que são metodologias ativas? Isso é uma novidade? Quais são as metodologias ativas?

A discussão ganhou bastante destaque nos últimos anos devido a diversos fatores. Vejamos alguns. Percebemos que algumas práticas e estratégias didáticas atualmente não apresentam resultados favoráveis. Percebe-se, portanto, a necessidade de mudanças, de práticas mais compatíveis, interessantes e envolventes para o contexto atual, marcado pelas novas formas de comunicação, interação e ferramentas digitais e aplicativos.

As metodologias ativas podem ser basicamente caracterizadas como práticas e estratégias de ensino-aprendizagem que colocam o aluno em papel de protagonismo. Ou seja, ele deve participar de práticas que sejam ativas, como o nome sugere. Práticas de aprendizagem passivas são pautadas essencialmente na “transmissão” de conhecimento e “memorização” descontextualizada de conteúdos. A contextualização é outro fator normalmente associado às metodologias ativas. É necessário que o conhecimento seja útil para a formação educacional e/ou profissional dos alunos.

A aula expositiva costuma ser empregada como exemplo oposto às metodologias ativas, ao se compreender que o aluno estaria em postura passiva em relação ao professor que seria a fonte do conhecimento. Digo “estaria”porque a questão deve ser analisada com maior profundidade, procurando entender, entre outros fatores, o contexto de ensino, as competências e habilidades a serem desenvolvidas, os recursos e tempo disponíveis, as possibilidades pedagógicas.

É importante destacar que, em geral, a discussão sobre metodologias ativas não é uma novidade como pode parecer. As tecnologias digitais, com seus dispositivos, serviços e aplicativos contribuíram para fortalecer a discussão sobre as metodologias ativas e destacar que as formas de ensino aprendizagem devem ser repensadas, já que o perfil dos alunos é influenciado pela cultura digital.

Outro fator que deve ser mencionado é a frequente associação das metodologias ativas a práticas inovadoras em educação. Cabe aqui apontar o cuidado para o entendimento de inovação que pode ser entendido de forma um tanto ampla, vaga ou, ainda, “exagerada”.

Algumas metodologias ativas populares são: estudos de caso, aprendizagem baseadas em projetos, blended learning (ensino híbrido), sala de aula invertida, mapa mental, problematização.

Em termos bem gerais, as metodologias ativas podem incluir trabalhos em grupos, discussões sobre temas atuais, debates sobre casos diversos, trabalhos baseados em projetos e tarefas a serem realizadas. É importante dar protagonismo aos alunos e possibilitar que eles participem ativa, crítica e criativamente dos procedimentos de ensino, motivando o seu engajamento e desenvolvendo a percepção de que ele está estudando questões realmente relevantes, atuais e com aplicação real ao campo ou nível de educação ou atuação profissional.

Em outros textos, retornarei a essas questões e a diferentes metodologias ativas.

 

Segurança Online: como escolher uma senha

É supreendente ver como ainda há muitos problemas de cultura de segurança e privacidade no uso da internet. Com certa frequência, são divulgadas notícias de vazamento ou roubo de senhas de serviços e portais grandes. No entanto, é grave perceber que muitas pessoas não percebem a importância de práticas seguras na internet e, por exemplo, usam senhas como senha, password, 123456…

Em muitos casos, há um desconhecimento dos riscos da entrada não autorizada em serviços em sites online. Em aulas, treinamentos e palestras, já encontrei algumas “justificativas” recorrentes: “não tenho nada importante ou a esconder”; “se eu escolher uma senha difícil, eu vou me esquecer”, “eu repito as senhas por praticidade”…

A repetição de senhas em muitos serviços já é, sem dúvida, um erro potencial. No entanto, a escolha de senhas “previsíveis”, curtas, fáceis e até padronizadas pode causar transtornos bem sérios e muita dor de cabeça. Não se pode esquecer que o e-mail é a porta de recuperação de acesso a muitos serviços online e até para outros serviços.

Dessa forma, escolher senhas mais “seguras” é um procedimento que contribui para a segurança online.

Algumas dicas em geral para senhas seguras:

  • Escolha senhas longas e complexas- Combine maiúsculas com mínúsculas, números e caracteres como @ # !  – A quantidade de caracteres pode ser limitada pelo serviço. Uma importante empresa do mundo da tecnologia, por exemplo, costuma limitar a 16 caracteres.
  • Não compartilhe senhas com terceiros – Se em caso excepcional isto for necessário, altere a senha logo que possível.
  • Evite que navegadores memorize senhas – Apesar de prático os danos aumentam inclusive se precisar enviar para a assistência técnica.
    Até mesmo, sem querer, um visitante ou usuário eventual do seu computador poderá entrar em serviços online.
  • Interconectar serviços aumenta os riscos – Utilizar a senha de um serviço de forma a concetar outros é prático, mas bastante arriscado, já que uma invasão pode abrir portas de muitas contas e perfis.
  • Não use uma senha curta. Senhas com 10 ou mais caracteres são mais difíceis de serem memorizadas por “observadores”.
  • Cuidado onde você digita senhas. Câmeras, inclusive de seguranças, podem registrar a sua digitação.
  • Evite repetir a mesma senha para diferentes serviços, sites e contas.

Muitos serviços solicitam e-mail e senha no primeiro momento de criação de uma conta. Não use a senha do e-mail na criação. A senha solicitada é a que pretende usar no serviço. Embora possa parecer evidente, muitas pessoas comentem este erro.

 

 

Educação online e papéis para professores

Podemos acompanhar facilmente a expansão da educação online nos últimos anos. Isso se dá de diversas formas e diferentes modalidades e níveis educacionais e profissionais, já que não podemos ignorar a educação corporativa, já com uma longa tradição de formação e treinamento profissionais, muitas vezes sob denominações como e-learning e universidades corporativas.

Este cenário crescente, mas não exatamente novo- como há o risco de se pensar- demanda novos campos de atuação e papéis para professores, bem como abre oportunidades de atividades profissionais e apresenta desafios de atualização e formação continuada.

Em artigo sobre a educação digital e competências tecnológicas, aponto que:

 

A educação online ou, de forma mais ampla, a educação digital2, apresenta a necessidade de professores que desempenhem papéis que muitas vezes não lhe são muito familiares, ou que normalmente não são vistos como atribuições suas. Vejamos alguns possíveis papéis para professores na educação online:

1- Professor
2- Professor conteudista
3- Desenhista instrucional (mais comumente chamado de designer instrucional)
4- Desenvolvedor de materiais didáticos
5- Designer de mídias educacionais digitais
6- Coordenador pedagógico
7- Gestor

Os limites entre estes papéis nem sempre são de fácil identificação. Em parte, as dificuldades refletem diferentes compreensões sobre tecnologias, mídias, conteúdos e  materiais didáticos. Em muitos projetos, o professor desempenha vários destes papéis,  planejando cursos, elaborando materiais, lecionando etc.

Na prática, a realidade pode ocorrer de formas bem diversificadas, tanto por necessidade, organização institucional, custos e prazos, entre outros fatores. Em outras palavras, assim como as empresas e instituições educacionais podem necessitar de profissionais especializados neste campo, pode, como ainda parece ser muito comum, que um profissional acumule estas funções, até mesmo com uma formação bastante rápida e básica. No caso da EaD, por exemplo, é comum escutar relatos de profissionais que atuam no segmento de que tiveram treinamentos de poucas horas para que aprendam a usar ambientes virtuais de aprendizagem ou como elaborar materiais didáticos.

No mesmo artigo apontado acima, eu argumento que:

 

 

O ensino online, da mesma forma que o presencial, requer o domínio da competência didática. O professor deve ser capaz de compreender abordagens, métodos, procedimentos e técnicas de ensino, considerando, neste caso, suas características, especificidades e possibilidades. Não se trata de uma “nova” didática, mas de conhecimentos e práticas que contemplem mais diretamente aspectos relacionados ao ensino mediado pela internet, como, por exemplo, a própria compreensão desta modalidade, da sua história e suas características.

Se já estamos acostumados às aulas presenciais, o ensino em contextos digitais ainda é uma novidade para a maioria. Se dominamos com facilidade os recursos e as formas de interação em salas de aulas presenciais, o mesmo não é verdade para as salas de aula virtuais.
Logo, podemos informalmente considerar que, na maioria das vezes, não temos “instintos básicos” para a interação e para a estudo online. Em outras palavras, a educação presencial nos remete à tradição, à uma cultura intensamente enraizada e, por consequência, algo já conhecido, compreendido e dominado. No entanto, o ensino online oferece geralmente a sensação de novidade, inovação e desafio, e , por vezes, incertezas e inseguranças.

Quer saber mais? Acesse o artigo completo:

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Tecnologia e educação: introdução à competência tecnológica para o ensino online. Revista e-scrita: revista do curso de Letras da UNIABEU, v. 2, p. 113-122, 2011.  

O que é um domínio de internet? Questões de escolha, registro e identidade

Um domínio de internet é composto por um nome, seguido de um sufixo e a identificação de nacionalidade, em muitos casos.

Vejamos um exemplo: nomedoseusite.com.br O .com é chamado de sufixo. A quantidade de sufixos é bastante limitada. Os mais comuns são: com, net, org, info. Há aqueles ligados à ocupações e profissões: pro (professor), mus (música) e adv (advogado), por exemplo. Br é indicação do país.

A regra de registro em geral é bem simples: quem registrar primeiro leva. Com isso, nenhuma empresa tem por princípio um domínio assegurado. Por este motivo, muitas empresas, até mesmo antes da sua abertura, tem domínios possíveis registrados.

Por motivos variados, inclusive, segurança algumas empresas e marcar registram diversos domínios semelhantes com o mesmo ou outros sufixos.

Os sites filologia.org.br e filologia.com.br são sites diferentes. A confusão na memorização entre eles leva o usuário ao site errado. Adicionar ou esquecer um .br pode gerar a outro site. Logicamente, algumas empresas registram as variantes: www.yahoo.com e www.yahoo.com.br , por exemplo.

Para pessoas físicas e pequenas empresas, a medida não é tão simples, por causa dos custos (registro e renovações anuais).
Alguns sufixos são de uso limitados, só podendo ser registrados por instituições, empresas de áreas específicas e governos. Exemplos: mil (militar), edu (para universidades), gov (governo).

O domínio .com.br atualmente pode ser registrado por qualquer pessoa com CPF. Não há mais a necessidade de CNPJ. Também não é preciso ter uma organização, fundação, ou ONG para registrar um site com sufixo org. Basta ter um CPF.

Um alerta importante: os domínios bons (fáceis de memorizar e digitar) estão cada vez mais difíceis. Muitos estão registrados por empresas e pessoas para venda e leilões. Neste caso, há uma “especulação” sobre os domínios.

O registro de um domínio tem validade de um ano. Assim, o domínio precisa ser renovado anualmente. Caso isto não ocorra, o domínio passa por alguns estágios até que ele fique disponível novamente para registro. Se o domínio não for renovado, o normal é que o usuário não consiga mais acessar o site. O site, é bom deixar claro, não é apagado. Apenas não é mais localizado por aquele domínio.

O registro deve ser feito com empresa séria para evitar riscos de problemas para comprovação de propriedade e transferência entre provedores. O domínio não pode ficar “preso” a este ou aquela empresa ou prestador de serviço. Há algumas normas para a transferência de domínios entre provedores.

O domínio pode ser registrado antes do desenvolvimento do site. No entanto, alguns cuidados são necessários, já que há períodos de “carência” para transferência de domínios. Em termos práticos, um domínio não deve ser registrado por um provedor para que em seguida ele seja transferido para outro. Há empresas que gerenciam os domínios, independente do provedor onde o site será hospedado.
Informe-se bem antes de escolher um provedor. Busque notícias, referências e avaliações sobre os serviços dos provedores.

Segurança e privacidade na cultura digital: ambientes e dispositivos

Com certa frequência, vários sites especializados em tecnologia abordam um tema complexo e controverso: privacidade, na internet e nos dispositivos.  Notícias de softwares e dispositivos que coletam informações dos usuários sem o conhecimento destes são publicadas em jornais, revistas e portais.

Alguns alegam que perdemos gradualmente a nossa privacidade e que já deveríamos estar acostumados a isto. Outros dizem que a perda da privacidade é o “custo” de serviços online gratuitos.

Na verdade, o tema precisa de uma ampla discussão e, possivelmente, de legislação que proteja os usuários. Há diferentes possíveis compreensões para este termo “privacidade”, algumas vezes sendo “confundido” com anonimato ou invisibilidade. Não são a mesma coisa obviamente.

Vejamos um exemplo do mundo offline. Não é agradável receber ligações telefônicas de empresas que compram ou recebem (como parceiros de outras empresas) nossos dados. Alguns dias isto pode ser extremamente invasivo, chato e desagradável, dificultando trabalho, repouso ou lazer. Você recebe uma ligação oferecendo um serviço que você não pediu e você ainda precisa “justificar” ou “pedir desculpa” por não aceitar ou ter interesse no que é proposto. Isto é muito comum com TV por assinatura, empresas de telefonia, cartões de crédito, assinaturas, entre outros produtos. Certamente você já se perguntou como essas pessoas descobrem os seus dados, que muitas vezes não são poucos.

O SPAM, e-mail indesejado com propaganda, é muito criticado, havendo acordos para não emissão de SPAM por provedores, empresas… Muitos provedores informam que um site neles hospedado pode ser tirado do ar se o mesmo for responsável por spam.

No caso do SPAM, é bem mais fácil descobrir e-mails ou que programas tentem adivinhar endereços de e-mail. Além disso, muitas pessoas “entregam” e-mails de conhecidos e desconhecidos quando encaminham e-mails sem excluir os endereços. Algumas mensagens apresentam centenas de endereços expostos de forma desatenta.

No caso do telefone, uma pessoa liga para a sua casa muitas vezes sabendo o seu nome, entre outras informações. Isto é mais complicado que descobrir e-mails. Logo, é possível considerar que alguém passou dados seus para os contatos telefônicos.

Eu particularmente não aceito nada oferecido por telefone (recebendo a ligação) por achar que isto é muito perigoso. Uma pessoa liga para a sua casa, pede documentos, numero de cartão de crédito, endereço… Quem pode garantir que aquela pessoa representa, de fato, a empresa anunciada. Na mídia, podemos ver várias reportagens sobre golpes por telefone.

As mensagens por SMS são empregadas algumas vezes para golpes. Você recebe um SMS dizendo que foi contemplado em promoção que nunca se inscreveu e que deve entrar em contato com um telefone…

Considerando o crescente uso da internet em diversas práticas sociais, a privacidade merece muita atenção, até mesmo por questões de segurança. É algo que está além de serviços mais “direcionados” ou “propaganda mais eficaz”, como muitas vezes argumentam aqueles que dizem que a maior privacidade é trocada por melhores serviços ou por serviços gratuitos. O preço não seria muito alto?

O usuário deve ser clara e explicitamente avisado e relembrado de questões de privacidade nos serviços online e nos dispositivos como smartphones e tablets. Se a privacidade no mundo offline é uma questão séria, ela também deve ser no mundo online. Mesmo em casos nos quais o usuário envia consciente e voluntariamente dados, os mesmos devem ser mantidos em segurança.

As empresas precisam ser responsáveis pela segurança dos dados e pelos usos que são feitos com estes.

A possível “invasão” de privacidade (que pode ocorrer em alguns casos) não deve ser o “preço” da gratuidade de serviços ou de serviços mais customizados. A questão deve ser entendida como séria, não apenas na internet, mas nos dispositivos eletrônicos em geral, tais como celulares, smartphones, tablets

Continuarei esta questão em outro post em breve…

Privacidade e segurança digitais

Considerando o crescente uso da internet em diversas práticas sociais, a privacidade merece muita atenção, até mesmo por questões de segurança (online e offline). É algo que está além de serviços mais “direcionados” ou “propaganda mais eficaz”, como muitas vezes argumentam aqueles que dizem que a maior privacidade é trocada por serviços melhores ou gratuitos. O preço não seria muito alto?

O usuário deve ser clara e explicitamente avisado e relembrado de questões de privacidade nos serviços online e nos dispositivos como smartphones e tablets. Se a privacidade no mundo offline é uma questão séria, ela também deve ser no mundo online. Mesmo em casos nos quais o usuário envia consciente e voluntariamente dados, estes dados devem ser mantidos em segurança.

Se o mundo offline tem diversas formas de sigilos assegurados tais como sigilo de correspondência, sigilo profissional, sigilo bancário, sigilo telefônico, entre outros possíveis, o mundo online ficaria isento de proteção à privacidade?

As empresas – online e offline – precisam ser responsabilizadas pela segurança dos dados e pelos usos que são feitos com estes.

Em síntese, o nível de privacidade deve ser avaliado e autorizado pelo usuário. Desta forma, as pessoas poderiam escolher o nível de exposição e privacidade que desejam, conforme suas necessidades e seus objetivos.

A “invasão” de privacidade não deve ser o “preço” da gratuidade de serviços ou de serviços mais customizados. Esta resposta parece ser simplista, querendo encerrar uma discussão que deve ser mais profunda e cuidadosa. A questão deve ser entendida como séria, não apenas na internet, mas nos dispositivos eletrônicos em geral, tais como celulares, smartphones, tablets…

Práticas sociais comuns são baseadas em permissões e escolhas. Se os sigilos telefônico, de correspondência, bancário, entre outros, são importantes, na vida online a privacidade não seria importante? Quando uma pessoa publica um post, um tweet, uma foto, um video, ela deve saber está tornando público este conteúdo (o nível de visibilidade depende de uma série de fatores – até mesmo de configurações).

No entanto, compreende-se, neste caso ,que o usuário está (ou pelo menos deveria estar) consciente disto e capaz de avaliar as consequências e os riscos. Trata-se de uma escolha. Além disso, muitos sistemas e serviços oferecem níveis de acesso, assim alguns conteúdos podem ficar visíveis apenas para amigos ou grupos restritos de pessoa.

A privacidade está intensamente relacionada à segurança – inclusive offline. Este talvez seja um fato que muitas vezes seja ignorado. O cruzamento e a integração de dados podem ampliar significativamente os riscos.

Em breve, retorno ao assunto. Enquanto isto, certamente poderemos encontrar em sites especializados e na mídia em geral notícias questionando a segurança de dados, o vazamento de informações, a vulnerabilidade de sistemas, questionamentos de políticas de privacidade…

A vida privada ainda não entrou em domínio público.

O que é o WordPress?

O WordPress é outro sistema popular para criação de sites dinâmicos (www.wordpress.org). Trata-se de outros sistema open source de destaque. Provavelmente deve ser o mais popular. A sua popularidade se deu pelo seu uso básico: criar blogs. Muitos sites apresentam comparações entre o WordPress e o Joomla, uma tarefa dificil, até mesmo porque os dois sistemas possuem ampla quantidade de defensores.

As potencialidades do WordPress são ampliadas nas atualizações. Com isto, ele passa cada vez mais a ser considerado por muitos como um CMS ( Content Management System). Considerando as instalações básicas, o WordPress é ou, pelo menos era, teoricamente menos preparado para um Portal que o Joomla. No entanto, ele é geralmente a primeira opção para publicar blogs e para sites de notícias.
Se o Joomla possui milhares de extensões, o WordPress possui milhares de plugins que adicionam funcionalidades variadas ao sistema, possibilitando a construção de sites mais complexos.

Estima-se que aproximadamente 30% dos sites empreguem o WordPress. Ou seja, trata-se da plataforma mais popular.

É possível encontrar plug-ins que prometem transformar o WordPress em plataforma para serviços diferentes, inclusive fóruns, redes sociais, ambientes virtuais de aprendizagem…

Publicar um post no WordPress é simples como enviar um e-mail. Praticamente não tem curva de aprendizagem. A aprendizagem básica é quase que instantânea. Se no Joomla os conteúdos são chamados de artigos, no WordPress eles são chamados de posts.

Sem dúvida, a grande vantagem do WordPress é a simplicidade. É muito simples de publicar conteúdo, de fazer backup(exportar conteúdos), de atualizar, de revisar artigos, de ter conteúdos comentados ou avaliados… Para adicionar enquetes, é preciso instalar um plugin. Para ter as estatísticas de acesso, também.

Os plugins podem ser pesquisados e instalados de dentro do próprio WordPress. Convém sempre examinar as estatísticas, as avaliações e os comentários de quem já instalou o plugin desejado, sem contar com a compatibilidade com a versão do WordPress empregada.

Assim como o Joomla, o WordPress também está divido em duas áreas: backend e frontend. O backend do WordPress é mais objetivo e simples que o do Joomla. Nele, os administradores ou autores administram o sistema e escrevem os posts, que são organizados em categorias (assim como os artigos do Joomla). Um post pode pertencer a várias categorias ao mesmo tempo. Outras marcas do WordPress são as tags e o sistema que permite comentários dos leitores.

Os comentários podem ser publicados imediatamente ou com moderação. No segundo caso, o comentário é avaliado e aprovado por alguém para que ela seja liberada. É comum que o WordPress seja preparado para não aceitar comentários com palavrões ou outras palavras que podem ser insultos, propagandas ou links. Observe isto em sites de jornais online e notícias. Algumas vezes a palavra é digitada de forma diferente, abreviada ou segmentada para tentar burlar estes sistemas. Assim, muitas vezes é recomendado que a moderação seja feita de forma individual. No entanto, esta tarefa pode não ser viável dependendo da quantidade de comentários. É possível estabelecer que apenas usuários cadastrados no sistema possam publicar conteúdos.

A aparência no WordPress é estabelecida pelos temas, com milhares de opções gratuitas e pagas. Na maioria das vezes o design se baseia em duas ou três colunas.