Educação, Tecnologias Digitais e Inovação

Márcio Vilaça

Educação na Cibercultura: Letramento Digital e Múltiplos Letramentos

Educação na Cibercultura: Letramento Digital e Múltiplos Letramentos Márcio Luiz Corrêa Vilaça e Elaine Vasquez Ferreira de Araújo

Capítulo no e-book: Cultura Digital, Educação, Linguagem e Tecnologia  (ISBN : 978-85-9549-028-4) – Márcio Luiz Corrêa Vilaça e
Elaine Vasquez Ferreira de Araujo (Organizadores) – 2017

Nos últimos anos, discussões sobre diferentes formas de letramento se destacaram em publicações e discursos diversos. Muitas vezes não se trata exatamente de uma nova discussão ou forma de letramento, mas de um olhar que dedica atenção especial a alguns elementos. Em alguns casos, a palavra letramento parece ser empregada com sentidos semelhantes a “competências” e “habilidades”, que, por si só, também devemos reconhecer que são empregadas de forma polissêmica e às vezes até mesmo como sinônimos. Assim, de certa forma, ao tratar de letramento, podemos pensar em diferentes competências e habilidades.   (p. 126)

 

Acesse o livro aqui! 

Domínio de Internet – escolha, registro, renovação e usos

Imagem: Pixabay

Um domínio de internet é composto por um nome, seguido de um sufixo e a identificação de nacionalidade, em muitos casos.

Vejamos um exemplo: nomedoseusite.com.br O .com é chamado de sufixo. A quantidade de sufixos é bastante limitada. Os mais comuns são: com, net, org, info. Há aqueles ligados à ocupações e profissões: pro (professor), mus (música) e adv (advogado), por exemplo. Br é indicação do país.

A regra de registro em geral é bem simples: quem registrar primeiro leva. Com isso, nenhuma empresa tem por princípio um domínio assegurado. Por este motivo, muitas empresas, até mesmo antes da sua abertura, tem domínios possíveis registrados.

Por motivos variados, inclusive, segurança algumas empresas e marcar registram diversos domínios semelhantes com o mesmo ou outros sufixos.

Os sites filologia.org.br e filologia.com.br são sites diferentes. A confusão na memorização entre eles leva o usuário ao site errado. Adicionar ou esquecer um .br pode gerar a outro site. Logicamente, algumas empresas registram as variantes: www.yahoo.com e www.yahoo.com.br , por exemplo.

Para pessoas físicas e pequenas empresas, a medida não é tão simples, por causa dos custos (registro e renovações anuais).

Alguns sufixos são de uso limitados, só podendo ser registrados por instituições, empresas de áreas específicas e governos. Exemplos: mil (militar), edu (para universidades), gov (governo).

O domínio .com.br atualmente pode ser registrado por qualquer pessoa com CPF. Não há mais a necessidade de CNPJ. Também não é preciso ter uma organização, fundação, ou ONG para registrar um site com sufixo org. Basta ter um CPF.

Um alerta importante: os domínios bons (fáceis de memorizar e digitar) estão cada vez mais difíceis. Muitos estão registrados por empresas e pessoas para venda e leilões. Neste caso, há uma “especulação” sobre os domínios.

O registro de um domínio tem validade de um ano. Assim, o domínio precisa ser renovado anualmente. Caso isto não ocorra, o domínio passa por alguns estágios até que ele fique disponível novamente para registro. Se o domínio não for renovado, o normal é que o usuário não consiga mais acessar o site. O site, é bom deixar claro, não é apagado. Apenas não é mais localizado por aquele domínio.

O registro deve ser feito com empresa séria para evitar riscos de problemas para comprovação de propriedade e transferência entre provedores. O domínio não pode ficar “preso” a este ou aquela empresa ou prestador de serviço. Há algumas normas para a transferência de domínios entre provedores.

O domínio pode ser registrado antes do desenvolvimento do site. No entanto, alguns cuidados são necessários, já que há períodos de “carência” para transferência de domínios. Em termos práticos, um domínio não deve ser registrado por um provedor para que em seguida ele seja transferido para outro. Há empresas que gerenciam os domínios, independente do provedor onde o site será hospedado.

Informe-se bem antes de escolher um provedor. Busque notícias, referências e avaliações sobre os serviços dos provedores.

Webdesigner e Webmaster: um pouco de memória

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Houve um tempo em que era comum encontrar as palavras webdesigner e webmaster em algum lugar do site, mais comumente no rodapé. Em muitos casos, apenas o webmaster era mencionado. Hoje o mais comum é encontrar referências ao webdesigner. E o webmaster, onde foi parar?

É fácil perceber que o webdesigner era o designer de páginas da internet. Logo, ele era o desenhista da página, responsável pela sua aparência. O webdesigner basicamente usava html, css, javascript e animações em Flash para desenhar os sites.

E o webmaster? Primeiramente, é bom dizer que muitas vezes a palavra era usada de forma genérica, significando também webdesigner. No entanto, muitas vezes, especialmente quando as duas palavras apareciam, o webmaster era a pessoa responsável pela programação do site (em php, asp, asp.net, jsp, por exemplo), pela sua atualização e pela manutenção funcional do site. Quando uma única pessoa “fazia tudo” o comum era que esta pessoa fosse chamada de webmaster.

Se o webdesigner era o designer/desenhista da web, o webmaster era o mestre da web, muitas vezes um faz-tudo. Outro termo que passou a ser empregado, de forma mais sofisticada, era o web developer. Este era o desenvolvedor do site, capaz de programar funções avançadas no site, criar e administrar bancos de dados e desenvolver aplicações complexas para a internet.

O que é Blended Learning?

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Hoje a expressão blended learning encontra-se em crescente popularidade. Em português, podemos encontrar termos como ensino híbrido, ensino misto e ensino semipresencial. O verbo blend em inglês significa misturar.

Em termos gerais, pode ser definido como a combinação de atividades educacionais presencias com atividades online. Também podemos encontrar a definição de blended learning como a integração da educação a distância com a educação tradicional. Na verdade, não existe uma “fórmula” ou “proporção” para que um ensino possa ser chamado de híbrido. Há alguns anos estudiosos e pesquisadores apontam que esta é a tendência para um futuro próximo, tornando difícil diferenciar a educação a distância da educação presencial.

É comum que educadores integrem atividades, estudos, pesquisas online com o estudo em sala de aula, seja durante as aulas ou nos estudos e pesquisas em casa.

O blended learning também tem sido relacionado a metodologias ativas de ensino, uma vez que possibilita uma participação mais ativa dos alunos e um rompimento com os limites das salas de aula.

 

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Privacidade e segurança na internet e em dispositivos

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Com certa frequência, vários sites especializados em tecnologia abordam um tema complexo e controverso: privacidade, na internet e nos dispositivos.  Notícias de softwares e dispositivos que coletam informações dos usuários sem o conhecimento destes são publicadas em jornais, revistas e portais.

Alguns alegam que perdemos gradualmente a nossa privacidade e que já deveríamos estar acostumados a isto. Outros dizem que a perda da privacidade é o “custo” de serviços online gratuitos.

Na verdade, o tema precisa de uma ampla discussão e, possivelmente, de legislação que proteja os usuários. Há diferentes possíveis compreensões para este termo “privacidade”, algumas vezes sendo “confundido” com anonimato ou invisibilidade. Não são a mesma coisa obviamente.

Vejamos um exemplo do mundo offline. Não é agradável receber ligações telefônicas de empresas que compram ou recebem (como parceiros de outras empresas) nossos dados. Alguns dias isto pode ser extremamente invasivo, chato e desagradável, dificultando trabalho, repouso ou lazer. Você recebe uma ligação oferecendo um serviço que você não pediu e você ainda precisa “justificar” ou “pedir desculpa” por não aceitar ou ter interesse no que é proposto. Isto é muito comum com TV por assinatura, empresas de telefonia, cartões de crédito, assinaturas, entre outros produtos. Certamente você já se perguntou como essas pessoas descobrem os seus dados, que muitas vezes não são poucos.

O SPAM, e-mail indesejado com propaganda, é muito criticado, havendo acordos para não emissão de SPAM por provedores, empresas… Muitos provedores informam que um site neles hospedado pode ser tirado do ar se o mesmo for responsável por spam.

No caso do SPAM, é bem mais fácil descobrir e-mails ou que programas tentem advinhar endereços de e-mail. Além disso, muitas pessoas “entregam” e-mails de conhecidos e desconhecidos quando encaminham e-mails sem excluir os endereços. Algumas mensagens apresentam centenas de endereços expostos de forma desatenta.

No caso do telefone, uma pessoa liga para a sua casa muitas vezes sabendo o seu nome, entre outras informações. Isto é mais complicado que descobrir e-mails. Logo, é possível considerar que alguém passou dados seus para os contatos telefônicos.

Eu particularmente não aceito nada oferecido por telefone (recebendo a ligação) por achar que isto é muito perigoso. Uma pessoa liga para a sua casa, pede documentos, numero de cartão de crédito, endereço… Quem pode garantir que aquela pessoa representa, de fato, a empresa anunciada. Na mídia, podemos ver várias reportagens sobre golpes por telefone.

As mensagens por SMS são empregadas algumas vezes para golpes. Você recebe um SMS dizendo que foi contemplado em promoção que nunca se inscreveu e que deve entrar em contato com um telefone…

Considerando o crescente uso da internet em diversas práticas sociais, a privacidade merece muita atenção, até mesmo por questões de segurança. É algo que está além de serviços mais “direcionados” ou “propaganda mais eficaz”, como muitas vezes argumentam aqueles que dizem que a maior privacidade é trocada por melhores serviços ou por serviços gratuitos. O preço não seria muito alto?

O usuário deve ser clara e explicitamente avisado e relembrado de questões de privacidade nos serviços online e nos dispositivos como smartphones e tablets. Se a privacidade no mundo offline é uma questão séria, ela também deve ser no mundo online. Mesmo em casos nos quais o usuário envia consciente e voluntariamente dados, os mesmos devem ser mantidos em segurança.

As empresas precisam ser responsáveis pela segurança dos dados e pelos usos que são feitos com estes.

A possivel “invasão” de privacidade (que pode ocorrer em alguns casos) não deve ser o “preço” da gratuidade de serviços ou de serviços mais customizados. A questão deve ser entendida como séria, não apenas na internet, mas nos dispositivos eletrônicos em geral, tais como celulares, smartphones, tablets…

Continuarei esta questão em outro post em breve…

CSS – Cascading Style Sheet – Folhas de estilo em cascata

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Você já se perguntou como muitos sites mudam de aparência de uma hora para a outra? A curiosidade fica maior quando o site é grande, com centenas ou milhares de páginas. Um dos “segredos” que possibilitam essa mágica são poucos arquivos CSS. CSS é a sigla para Cascading Style Sheet, em português folhas de estilo em cascata. O nome folha de estilo ajuda a prever que elas afetam o estilo de páginas na internet, ou seja, a sua aparência.

A “grande mágica” do CSS é o efeito em cascata. Ou seja, ao atualizar um arquivo, você pode ter mudanças de design afetando todos os sites.

O arquivo CSS é um arquivo de texto, salvo com a extensão CSS, que cuida de grande parte aparência do site. Entre outras coisas, o arquivo pode ter informações sobre fontes, cores, bordas, divisórias…

Imagine por exemplo um site estático com 200 páginas. Imagine que o texto apareça em cor vermelha e com a fonte Arial. Com um ajuste mínimo no arquivo CSS original, você pode trocar a fonte para Verdana azul. Ao fazer o upload de um único arquivo para o servidor, layout.css (por exemplo), você altera, ao mesmo tempo, a aparência das páginas. Isto significa que não é necessário fazer alterações separadas em nas 200 páginas e realizar novo upload de todas elas. Um pequeno arquivo pode afetar todos os sites. Entre outras coisas, isto significa economia de tempo e de franquia de banda de uso da internet.

Hoje a maioria dos sites, especialmente os grandes e os dinâmicos, empregam CSS para facilitar o design.

Antigamente, muitos sites estáticos eram feitos puramente em HTML. Dependendo do programa usado, todos os arquivos precisavam ser refeitos ou modificados e, depois carregados para o servidor de hospedagem. Alguns softwares, como o famoso e poderoso Dreamweaver, possuíam a função de modelos. Com esta função, alterações feitas no modelo eram transferidas para todas as páginas construídas a partir daquele modelo. Seria a mesma coisa do CSS ?

Não ! A alteração até podia ser feita em todas as páginas, mas as páginas precisavam ser atualizadas (por upload) no servidor. Logo, os arquivos anteriores precisavam ser alterados pelos novos. Sem dúvida, era um recurso muito útil, mas não era a mesma coisa.

O CSS ficou conhecido muitas vezes como tableless design (design sem tabela). Em outro post, tratarei dos designs baseados em tabela e os tableless.

 

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O que é Computação nas Nuvens?

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O termo computação nas nuvens (cloud computing, em inglês) tem sido empregado cada vez com mais frequência para aplicativos online, hospedagem de sites, armazenamento de arquivos, ambientes virtuais diversos. A nuvem neste caso representa a internet. E a computação nas nuvens indica que o os sistemas e arquivos não estariam localizados ou instalados no computador, mas estão na internet. Neste caso, o papel básico do computador é permitir o acesso à internet e o navegador de internet passa a ser o software básico.

Além de softwares que são instalados no seu computador, podemos encontrar de forma crescente nos últimos anos aplicativos e serviços online. Computação nas nuvens é um termo popular, que se refere predominantemente a ciar, salvar arquivos, rodar aplicativos diretamente online.

No caso do armazenamento de arquivos online, você pode escolher se deseja compartilhar o arquivo com pessoas específicas, permitir trabalho colaborativo ou edição por terceiros ou gerar um link para acesso público.

Um dos primeiros usos populares do termo foi na hospedagem de sites. Até então, as modalidades de hospedagem populares nos provedores eram: a hospedagem compartilhada ( a mais popular e barata, na qual um servidor pode hospedar um número muito grande de sites), a hospedagem semidedicada (na qual a quantidade de sites era reduzida para ampliar a capacidade de cada site) e a hospedagem dedicada (na qual o servidor não era “dividido” entre diferentes sites ou clientes). Com os planos de computação nas nuvens, os usuários podiam flexibilizar e ampliar os recursos para um site, conforme a necessidade se ampliava ou passava por momento específico que demandasse mais poder de armazenamento, processamento ou visitação).

Com o DropBox, OneDrive e Google Drive, o termo se popularizou grandemente com usuários em geral, como forma de armazenar os arquivos online, podendo acessá-los de diferentes dispositivos e lugares, já que os arquivos estão na internet e não restrito a um pen drive, computador, ou HD. Este uso se diferenciava de serviços de compartilhamentos de arquivos como, por exemplo, o RapidShare e o MegaUpload, na época. É indispensável ter em mente que os serviços se modificam, transformam e incorporam novas funcionalidades ou adotam restrições em tempo muito rápido, especialmente em características, funcionalidades, restrições, forma de uso e até o tipo de licença ou custo para uso.

Como tudo na vida tem vantagens e desvantagens, assim como alguns riscos. Existem serviços e aplicativos gratuitos e pagos. A maioria requer a criação de uma conta (cadastro) com acesso por meio de login e senha.

Atenção! O login costuma ser um nome de usuário ou e-mail(na maioria das vezes). A senha deve ser uma senha específica. Algumas pessoas acabam cadastrando desatentamente a senha do próprio e-mail, o que ocasiona riscos extras de segurança e privacidade. O ideal é que a pessoa tenha senhas diferentes para cada serviço, aplicativo ou conta de e-mail.

Os serviços online devem ser analisados com cuidado. Considere, por exemplo:

a) funcionalidade e recursos;
b) limitações ou restrições de aplicativos ou serviços gratuitos;
c) termos de uso, licenças de uso, questões de privacidade e contratos;
e) modo de uso e formas de acesso;
f) custos(a gratuidade pode não ser a melhor opção em alguns casos);

Exemplos de possíveis problemas (Sim há vantagens, mas também devemos contar com problemas):

1- Uma pessoa pode não querer ter de criar cadastros em vários serviços e ter de usar várias senhas;
2- A privacidade e a segurança dos dados dos usuários, das atividades realizadas e das informações coletadas;
3- Pequeno controle dos dados, arquivos e cia. Por exemplo: um serviço gratuito pode ser encerrado de repente e seus trabalhos, dados… ficarem perdidos;
4- Pouca Confiabilidade ou instabilidade do serviço – “Sistema fora do ar. Volte mais tarde.” “A conexão falhou.”

 

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O que é Web 2.0?

Imagem: Pixabay

Web 2.0 é um termo que se refere à compreensão de formas de participação e interação na internet, caracterizada por papéis ativos, publicação e compartilhamento de conteúdos, redes sociais, computação nas nuvens.  Ou seja, em termo gerais, o usuário deixa de “apenas” consumir conteúdos, mas passa a produzir, comentar, compartilhar, influenciar pessoa, produtos e marcas, dialogar ativamente.

O termo não se refere a uma especificação técnica da internet ou à conexão em banda larga. A caracterização da web 2.0 tem relação com aspectos sociais e interacionais. Ela surge da observação de mudanças de comportamento e formas de participação dos usuários. Trata-se de um dos conceitos mais importantes para entender a cultura digital e as transformações comunicacionais e interacionais relacionadas ao uso intenso dos dispositivos digitais e da web.

Algumas características marcantes da web 2.0 incluem:

  • publicação e compartilhamento de conteúdos;
  • maior nível de participação na web, como produtor de textos e conteúdos diversos;
  • intensificação de vínculos sociais pela web, da qual as redes sociais são o grande exemplo;
  • desenvolvimento de sites dinâmicos, responsivos e para realização de uma série de atividades sociais;
  • a computação nas nuvens – saiba mais aqui;
  • a web passa a ser um espaço para manifestação de vozes, interesses, críticas sociais, criação de conteúdos, muito mais que apenas a leitura;

No artigo WEB 2.0 E MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUAS: REFLEXÕES NECESSÁRIAS, explico que:

Definir a Web 2.0 não é uma tarefa simples, uma vez que não se trata de uma atualização técnica da internet. Além disso, ela não pode ser marcada por um acontecimento histórico específico. Em outras palavras, não é possível apontar uma tecnologia ou uma data específica para o seu começo (BARROS, 2009).

A numeração 2.0 sugere uma atualização de versão, assim como acontece comumente com softwares. No entanto, conforme discutiremos, a passagem do que consideramos Web 1.0 para a 2.0 está relacionada à compreensão de mudança de paradigmas de formas de acesso, uso, participação e interação na internet (ERCÍLIA & GRAEFF, 2008; GABRIEL, 2010; TORI,2010).

A web 2.0 não deve ser confundida com as tecnologias e velocidades de conexão a internet (ADSL, cabo, 3G, por exemplo). Em outras palavras, a compreensão de web 2.0 não está relacionada ao acesso à internet na chamada banda larga, com conexões mais rápidas e contínuas.

Esta é uma confusão comum, já que esta denominação começou a se popularizar de forma um tanto quanto paralela à expansão da internet em alta velocidade nas residências.

Embora a web 2.0 não se trate de hardware ou tecnologia de acesso à internet, o desenvolvimento destes auxiliaram a criar condições favoráveis para a Web 2.0. Valente e Mattar (2007) reconhecem que a banda larga foi um dos fatores que possibilitaram a viabilização da Web 2.0.

 

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Web 2.0 e materiais didáticos de línguas: reflexões necessárias. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XV, p. 1017-1025, 2011. Acesse o artigo aqui!

 

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Educação a Distância – O que é EAD?

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A educação a distância tem sido tratada como uma modalidade de ensino e não uma metodologia ou abordagem. Nesta modalidade, professores e alunos não se encontram no mesmo local.

No artigo Educação a Distância e Tecnologias: conceitos, termos e um pouco de história, aponto que:

Em termos gerais, a Educação a Distância é uma modalidade de educação na qual professores e alunos encontram-se em locais diferentes (MOORE e KEARSLEY, 2008; CARLINI e TARCIA, 2010) “durante todo ou grande parte do tempo em que aprendem ou ensinam” (MOORE e KEARSLEY, 2008, p.1).

A sigla EaD é em pregada tanto para Educação a Distância quanto para Ensino a Distância (BELLONI, 2009).

A compreensão de EaD é influenciada pela compreensão de distância(GOUVÊA e OLIVEIRA, 2006; TORI,2010). A distância deve ser compreendida basicamente como separação espacial (geográfica/local) entre participantes do processo educacional, sejam estes alunos ou professores. Em aulas por videoconferência, é comum que os alunos estejam juntos, mas em lugar diferente do professor. Por outro lado, quando o estudo ocorre pela internet, é comum alunos e professores estejam em locais diferentes e acessem o curso e os materiais e recursos didáticos em momentos diferentes. Estes dois exemplos ilustram que há diferentes possibilidades de distanciamento entre alunos e professores.

Com a expansão da internet e das tecnologias digitais, a educação a distância online ganhou grande popularidade nos últimos 10 anos aproximadamente. Como resultado, é possível encontrar um discurso equivocado sobre a EaD fazendo parecer que esta seja uma novidade. Uma das mais populares formas de educação a distância foi o ensino por correspondência.

É comum encontrar discussões que dividem a história da educação a distância em gerações, conforme o tipo de tecnologia ou suporte comunicacional empregado de forma mais predominante. De forma sintética, podemos pensar na geração por correspondência/impressa  e na geração online.

Uma geração não significa o fim da anterior, mas uma tecnologia que se destaca ou que é usado com maior intensidade.

Hoje, por exemplo, encontramos diversos sites que vendem cursos por vídeo-aulas, com possibilidade ou não de realização de outras tarefas ou interação com o professor ou instrutor.

Indicação de Leitura:

 

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . Educação a Distância e Tecnologias: conceitos, termos e um pouco de história. Revista Magistro, v. 1, p. 89-101, 2010. Acesse o artigo aqui!
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Ambientes Virtuais de Aprendizagem – O que é um AVA?

Fonte: Pixabay

Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) são frequentemente definidos sistemas baseados na internet que foram desenvolvidos para fins educacionais, predominantemente relacionados a Educação a Distância ou E-learning (apesar de o sentido deste termo ter ficado mais amplo e polissêmicos nos últimos anos).  Em termos gerais, podem ser entendidos como sala de aula digitais (online) ou salas de aulas virtuais.

Em inglês, encontramos são chamados na, na maioria das vezes, de Learning Management System (LMS). No entanto, outras denominações comuns são:  Learning Platform ( LP) e Learning Content Management System (LCMS).

O Ambiente Virtual de Aprendizagem é um ambiente baseado em internet (também é possível em intranets) que funciona de forma semelhante a um Portal cujo objetivo básico é a educação.

Podemos encontrar também a compreensão de ambientes virtuais de aprendizagem como as salas específicas dentro de um “LMS”. Neste caso, o “ambiente” digital é entendido como um sistema(system) ou uma plataforma (platform) na qual as salas são criadas. Neste caso, o Moodle – um dos mais famosos LMS do mundo- é visto como plataforma ou sistema e não um ambiente virtual de aprendizagem em si. Convém apontar, no entanto, que em grande parte, possivelmente na maioria das publicações sobre EaD, o termo ambiente virtual de aprendizagem é tratado como apresentado no início deste texto.

No artigo Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Tecnologia, Educação e Comunicação (VILAÇA, 2013, pp. 18,19) aponto que:

“Nos últimos anos, sistemas e serviços online que não foram desenvolvidos para atividades educacionais também são empregados como ambientes virtuais de aprendizagem, o que por vezes gera certa confusão. É o que ocorre com blogs, bate-papos, fóruns de discussões, redes sociais, sites de vídeos… A lista é extensa. Para entender melhor esta questão, hoje podemos pedagogicamente propor a discussão destes em dois tipos de ambientes virtuais:

a) Ambientes virtuais de aprendizagem dedicados ou específicos – (ambientes stricto sensu) – visão clássica de ambientes virtuais de aprendizagem encontrada na maioria de livros sobre educação a distância – Trata-se de um sistema planejado e desenvolvido especificamente para o uso educacional, de forma semelhante a uma sala de aula online, com ferramentas pedagógicas e comunicativas variadas.

b) Ambiente virtuais de aprendizagem adaptados – (ambientes lato sensu) – visão mais recente e flexível, fortemente influenciada pela web 2.0 e pelo conceito de computação nas nuvens. Ainda são poucos os livros que tratam dos AVAs nesta perspectiva. Este tipo de ambiente de aprendizagem se enquadra no que Valente e Mattar (2007) chamam de LMS 2.0. Neste caso, um sistema ou serviço online que não foi planejado e desenvolvido para fins educacionais é usado para esta finalidade.”

 

São exemplos de ambientes virtuais de aprendizagem dedicados (stricto sensu): Moodle, Teleduc, Chamilo, Claroline, Dokeos, Blackboard…

Como exemplo de ambientes virtuais de aprendizagem adaptados (lato sensu), posso destacar blogs, redes sociais, aplicativos de mensagens, fóruns…

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa . AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM:TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Cadernos do CNLF (CiFEFil), v. XVII, p. 16, 2013. Acesse o artigo aqui!  

 

 

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